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quarta-feira, janeiro 01, 2014

Trecho Solto...



" Trecho Solto...

“- Abra as pernas para mim.
Eu abri, ele curvou meu joelhos para cima, afastou minhas coxas ainda mais – aí que momento lindo! – encostou a glande bem no lugar certo, agarrou meu ombros com os braços em gancho pelas minhas costas, abriu a boca para me beijar com a língua enroscada a minha em um movimento único e poderoso, se enfiou em mim.

Senti uma dor fina, quase um estalo, cheguei a querer deslizar de costas pelo colchão acima, mas ele somente enfiou-se em mim até o cabo, e ficou lá dentro parado, me segurando forte, para só então terminar o beijo, e erguer o tronco e começar a me foder, olhando para a minha cara.

E então, com a expressão de homem mais bonita que já vi na minha vida e exalando um cheiro para sempre irreproduzível, gozou muito fundo dentro de mim e eu senti, senti mesmo,  aquele jato me inundar gloriosamente aos borbotões aquela pica grossa e macia pulsando ereta dentro de mim, ai!

Eu não gozei, mas só tecnicamente, porque de outra forma gozei muito naquele momento, não posso descrever minha felicidade, minha profusão de sentimentos, me sentir mulher, me senti fodida, me orgulhar de ter sido esporrada em meio a meu sangue, sem fricotes, com uma verdadeira fêmea deve ser inaugurada por um verdadeiro macho.
Já li muito livros eróticos e pornográficos, a maior parte detestável. Já vi de tudo, mas nada pode espelhar aquele instante, nada, nada, nada, nada, até hoje me masturbo pensando naquela hora, minha fantasia perfeitamente realizada.

Ficamos amantes uns tempos, até porque acabou meu noivado. Zé Luís se revelou uma cama de primeira categoria, e mesmo depois que nos afastamos, ainda dávamos umas incertas...”


Extraído da Obra – A casa dos Budas Ditosos – Luxúria

Autor: João Ubaldo Ribeiro.


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