Pesquisar este blog

sexta-feira, janeiro 17, 2014

Pegadas sem fim



Pegadas sem fim

Teu cheiro ainda esta em mim
Como caminhos ruins
De trágicas lembranças
Teus cabelos em minhas roupas
Teus pentelhos junto aos meus
Sim...

Fiapos de tua alma ainda espalhada pela minha
Tua violência apaixonada
A suprema burrice em não me entender
Esta em mim as lagrimas que vertesse
E as vezes que gozasse na minha boca
Oh yes

A marca das tuas unhas em minhas costas
E os tapas que nos demos, bêbados em uma madrugada qualquer
Ainda em mim esta os teus gemidos de raiva e dor
E todas as discussões inúteis que tivemos
As vezes que disseste que irias te matar
E as vezes que de quatro... sendo enrabada imploravas
Que te chamasse de puta, cadela, vadia, porca, égua e fedorenta
Com os cabelos puxados para trás...
Tuas unhas sujas e descuidadas
Teus pés grossos como um casco
E quando mordesse a cabeça do pau a ponto de tirar sangue...

E choraste por isso depois...
Mil vezes amaldiçoada por Deus...pelo crime
Tantos juramentos vazios
Tanto de ti ficou em mim
E nada de ti ficou
São as pegadas do diabo
Vaca encantada em chamas
Quando nada está disposto a dar certo
Éramos parasitas um do outro
Vermes doentios
Escorregando na alma, na lama e na merda
No fundo sabíamos que não havia futuro
Nunca acreditei em futuro de nada

Mas tu...
Mas tu te fudeu...
Eras o balão de gás hélio
Eu a bigorna
Querias que eu voasse
E tudo que eu queria
Era submergir.
  

Luís Fabiano

Nenhum comentário: