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domingo, dezembro 01, 2013

Como na primeira vez



Como na primeira vez

Nada nunca será como na primeira vez
O primeiro beijo
O primeiro olhar
O primeiro medo
Espanto incontido
E ansiedade
A beleza invadindo a alma
Ou o terror
Traumatizando para sempre...
Transformando tudo em nós...
Abrindo nossas percepções no inesperado
Nada será como a primeira vez
Nem beijos
Nem abraços
Nem adeus
Sim
Nossa sensibilidade devassando o novo
O novo nos devassando lentamente
Tornando próximo o desconhecido
Amigável o estranho
A descoberta nos descortinando
Nada será como da primeira vez
Nem o não
Nem o sim
Nem a virtude
Nem o vicio
Porque?
Os dias que escorrem
Tornam distantes a primeira vez
Terminam por apagar o frescor do inicio
Alterando significados
Insignificando o ontem
E depois tudo se torna tão comum...
Entre primaveras e invernos
Entre a lagrima do desespero
E da felicidade
Nada nunca será como a primeira vez
Nem eu
Nem você
Nem esta ponte tecida de palavras...
Que ora pela primeira vez teus olhos cruzam
E agora
Não estamos mais tão distantes
Você carrega um pouco de mim
E eu de você
Pela primeira vez.

Luís Fabiano.


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