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terça-feira, novembro 26, 2013

Por onde anda aquela mulher



Por onde anda aquela mulher

Meu pensamento se perde
Revirando as frestas do passado
A procura dela
Meu pensamento deseja o que não mais se pode ter
Tudo muda
Eu mudo
Ela mudou
Por onde ela anda?

Aquela que enfrentava manhãs frias
Com brilho nos olhos
E fome de viver
Aquela que cuidava de filhos e marido e do marido alcoólatra?
Onde?

Que não perdia o horizonte
Que nadava contra correntezas
E mantinha por sua natureza
Um sorriso desafiador dos conflitos...
Sorriso insistente
Inquebrável certeza de vencer
Cheio de carinho e amor...
Por onde andas?

Aquela que as respostas nunca estavam terminadas
Que enfrentava uma jornada tripla de trabalho
E ainda tinha forças para ajudar outros...
Aquela que enfrentou doenças
Dores
Desemprego
E exploração...

Passava por isso como um trator silencioso...
E hoje?
Hoje vejo uma outra mulher
Uma mulher que não queria ver...
Mulher estranha
Frágil por um fio na linha da depressão
Incerta de tudo que lhe cerca
De um brilho esmaecido
De certezas esquecidas
De dúvidas e duvidas tantas

Por onde andas?
Golpes outros terminam por nos dobrar?
Não trocarás socos contra as ondas contrarias?
Não.
Nem farás força para estar em pé...
Meu pensamento se perde sim
Queria o que não se pode ter
Que voltasses...
Volta...
Volta no vento por favor...
Meu coração tem sede de ti
Mas essa é uma resposta que ainda temos

Te quero viva
Como a fé feita de fogo
Lutando no presente
Como a nova página que se vira
Serena no destino...
E uma nova história que começa
Vem...

Vamos começar uma nova historia
Não sei o quanto isso significa para ti
Mas eu estou aqui
As marés contrarias aguardam todos
Ainda não sei por onde andas
Mas sei que vou te achar.

Luís Fabiano.



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