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quinta-feira, novembro 21, 2013

Confiança



Confiança

Em manhãs perdidas de ressaca
Meus olhos se abrem
Como poesia de neblina
Sem orvalho
E me pergunto: com quem poderei contar, quando a merda existencial vier?
Você sente isso?

Sim
Esperanças feitas de aço
Num abraço do inesperado
No fundo ninguém sabe
Posso confiar em ti?

Sim...
Na doença?
No dinheiro ou na falta dele?
Posso confiar, ainda que não tenhas o meu melhor?
Ter a certeza que teu amor não vai acabar?
Tu me garantes isso?
Posso confiar ainda que tua vontade seja outra?
E até onde posso confiar em ti?
Serias mais honesto comigo ou contigo?

Sim...
Minhas manhãs de ressaca hedionda
Mãos que se estendem tentando tocar a realidade
Queria ter certezas as vezes...
De tantas certezas
Mas talvez esteja desejando demais de todos...

De ti...
Erros de quem confia
Queria que a corda não rebentasse
Que a lâmina não ficasse cega
Que não precisássemos provar nada

Sim...
Eu ainda não tenho a resposta
Mas sabe...
Eu estarei ali
Ainda que teus olhos não me vejam.



Luís Fabiano

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