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quinta-feira, junho 27, 2013

Bunda Risonha



A Bunda Risonha

Não sei o que foi...
Talvez o álcool...
Talvez o tesão... Quem sabe o amor...
Mas quando, em tua calça justa...
Baixaste... Para soprar o fogo
Para que o calor do inferno nos abençoasse
Ela riu para mim...
Sim tua bunda, sem lábios ou dentes...
No conjunto viscoso de líquidos quentes...
Seiva, musgo e chuva de lava
São daquelas mensagens, que não deixam duvidas...
Como esperanças possíveis...
Como gritos de uma criança com fome...
Ou um cão atropelado na esquina...
Mas minha fome e minha morte, não eram essas...
Eram o traço suave do teu olho que sorriu...
Eu o tarado alado, querendo te devastar...
O pau eternamente duro...
Mergulhando em ti...
Te rasgando... O corpo...
A procura da alma...
Meio bicho...
Meio gente... Carinhos
E arroubos de fúria...
Sou a doença que tu amas...
E a insanidade que te abraça sempre...
A jaula aberta do leão
E o ninho sereno dos silêncios costurados...
Desejo a tua bunda...
Come-la inteira... Com minha porra... E teus líquidos...
Teu botão, flor e roseira...
Com o cheiro mais antigo que nossos espíritos...
Resgatando da merda o amor...
Do breu a pureza
Tua bunda sorri...
E neste momento...  Não me interessa mais nada...
Nem protestos cínicos, fome dos que desconheço... E a morte na UTI
Tua bunda sorri...
E somos felizes...
Que mais importa?



Luís Fabiano.

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