Pesquisar este blog

quarta-feira, maio 15, 2013

Putas de fogo 2





Lagrimas, Marião em surto e putas de fogo
Parte final

Todos riamos... A vida estava melhorando. Todos estávamos bêbados... e alterados... Aonde isso iria nos levar? Eu sabia... E todos sabíamos, éramos cumplices em um crime futuro... o maremoto batendo no rochedo, as lágrimas atômicas gotejando no deserto, pássaros voando para além das gaiolas...

Ficaria ali para eternidade, meu acampamento sideral em uma mesa, abraçados numa saudável loucura, e bem distantes dos problemas de sempre. Puta merda... isso sim que é bom... é saltar de paraquedas sem o paraquedas, e bung-jump sem corda, é beber um whisky com veneno dentro.
Marião fazia de conta que ia se levantar a qualquer instante... mas ele e todos sabíamos que isso não iria acontecer, não há milagres... quando bebe demais se altera muito, e cai da cadeira, por vezes se mija e se caga também...

Olhei para cara da dupla de putas que estavam com ele... via-se de longe que eram insanas...chapadas, loucas, que estavam aguardando o momento certo para entrar em cena. Topavam qualquer coisa se tivesse grana...e Marião é generoso... alias excessivamente generoso.
O dinheiro compra tudo, até mesmo o amor verdadeiro, o sexo mais bizarro... eu sei, vi coisas que poderiam assustar você. Não me assusto mais, me tornei calejado no pior...

As horas escorrem rapidamente... agora eram quase quatro da manhã... o bar seria fechado... então Marião disse:

-Puta que pariu... seus filhos da puta... a festa segue sempre... vamos pra minha casa... seus merdas, vamos...vamos... Fabiano me ajuda ai...

Ele sorria... e ao mesmo tempo estava agressivo. Ja vi esta cara... ja conheço esse jogo. Como vocês sabem... o Marião se revelou na ultima vez que nos falamos... gostava de fuder com mulheres e homens... e tudo isso, foi dito com muitas lagrimas nos olhos. Seja como for, eu não iria comer o Marião... sou tradicional e primitivo... gosto de bucetas, alias gosto de todas as bucetas...todas. Mas estava pagando para ver onde isso iria dar...

As putas foram de taxi... eu, Marião e minha vizinha Katia fomos no meu carro. Nunca fui muito bom de desmontar cadeiras de rodas... mas depois de um tempo consegui. Quando chegamos a casa de Marião, as moças já brincavam na frente... estávamos todos bêbados e dando o foda-se a vida, você já fez isso?
Dou uma dica... de o foda-se e jamais se arrependa, tome algum cuidado para não se fuder, e viva a merda toda até o osso... e depois? Bom, o depois é o depois.

Juliete e Tonia, estavam se agarrando a porta da casa de Marião, se beijavam loucamente, entrelaçavam as pernas em pé, com suas  saias muito curtas, mãos passeavam em seios expostos e xoxotas, era uma cena linda de ver.
Gosto de ver mulheres se beijando, entregues ao prazer, é excitante e ao mesmo tempo poético. Me excitei lembrando e escrevendo isso, e também me excitei na hora que estava assistindo a cena. Não perdi tempo, me encostei no carro e tirei o pau pra fora... e ficamos ali... minha vizinha, apenas ria... dizia:

-Nunca pensei ver isso assim...nossa, nunca pensei...legal...legal...
-Vem cá Kátia... não fica só vendo não...bate uma pra mim...tambem...vem...

Ela não perde tempo, e vem primeiro timidamente...e depois colocou na boca. Essa é a vida. Para que uma puta desperte, você precisa apertar os botões certos. Somos assim, assim vale para o assassino, para o caridoso e o ladrão...o santo e o pecador.
Marião aos gritos:

-É hoje...é hoje... hoje o meu pirocão vai decolar...há,há,há...

Eu ficaria ali vendo aquelas duas e minha vizinha me chupando...não precisava de mais nada. Éramos cargas explosivas prontas pra detonar.
Uma mulher abre janela e berra:

-O seus merdas...vão fuder dentro de casa... aqui tem gente decente querendo dormir...hein... vou chamar a policia... se não parar com esta merda ai embaixo...

Não tínhamos medo... apontei meu pau pra ela...e disse para ela descer que seria benvinda. Mas de qualquer maneira entramos. Ninguém sabe exatamente o que é felicidade... mas quando entramos estávamos meio vestidos e meio nus... e sala de Marião se tornou o paraíso perdido.  Adãos e Evas... cagando pra Deus novamente.

Marião rasgou a própria roupa... e empurrava a cadeira para frente  para trás... como se tivesse fudendo o ar... as moças, despidas agora, entrelaçaram as pernas colocando vagina com vagina... esfregando ritmadamente... , Katia não parava de me chupar... minha vizinha tem uma daquelas bocas que foram talhadas para sugar, fazia na medida certa, empurrei a sua cabeça contra o pau...quase deixando o ar faltar... olhei seus olhos cheios de lágrimas por falta de ar... ela adorava a função... Marião  chegou por detrás dela... tocava com as mãos na xoxota dela, ela estava extasiada, estávamos todos extasiados... então as moças gozaram.. e vieram para Marião... haviam cheirado mais cocaína... e uma de cada lado dele... esfregavam a xoxota nos ombro de Marião...  o cheiro que aquela sala ficou foi algo... peguei uma garrafa de whiski que estava sobre a mesa... bebia no bico...e ia passando a todos...éramos fetos gosmentos na placenta do demônio...

Eu não trocaria isso por nada.
Então as moças apagaram as luzes... o breu tomou conta de nossas almas, os gemidos e o som das porradas, estocadas a única coisa que ouvíamos...o cheiro de todas as coisas boas, bucetas molhadas, whisky, cigarros, esperma, merda...e um pouco de violência.

Animais sem zoológico... velocidade acima do permitido, 229 quilômetros por hora e acelerando... minha vizinha perdida ou achada, as moças comendo o cu de Marião, gemidos de toda sorte...as luzes se acendem... as luzes se apagam...Marião no chão... as putas rindo sem parar, minha vizinha sugando a minha ultima gota de esperma... luzes se acendem...uma das putas, sobe na mesa de jantar... esta insana e linda em sua magreza viciada... apenas de salto alto e nada mais... então da uma longa mijada sobre a mesa...molhando a todos... Eu sentia a vida em câmera lenta... Katia adorou aquilo... era o especulo magnifico, eramos apenas paixão e desejos... o touro no primeiro ataque ao toureiro.

Horas se liquefizeram .. já havia sol lá fora. Fomos despertando lentamente... dormimos uns por cima dos outros... minha cabeça era o furacão Catrina, devastando meu cérebro, ouvia um som como se fosse um celular vibrando, puta merda, minha vizinha dormindo e roncando como uma porca... estávamos todos imundos e molhados, Marião, estava jogado no chão e dormia com o rosto junto ao piso frio... tinha um vibrador ainda ligado no cu... afinal o som que ouvia era da dali... fui me levantando devagar, eu ao que parecia, era o que estava mais inteiro... essa é a vida real. Como eu digo, você pode se chapar, pode beber, pode se afastar de tudo...mas em algum momento você volta a realidade, é fatal... e aí malandro...vai conseguir viver tranquilo então? Eu consigo.E melhor que isso, consigo passar ao mundo que tais coisas nunca acontecem assim...

Por fim Katia acorda, e olha as horas... agora estava desesperada... não foi trabalhar, não lembrou do filho que tinha que ir para a escola, a mãe dela iria mata-la quando tivesse oportunidade... ao que parece seria breve...muito breve.
Como um verme no labirinto, fui catando minhas cosias espalhadas por todo lado. Finalmente achei a chave do carro. Será que ele ainda estaria ali na frente?

Vamos vivendo uma coisa de cada vez. As putas, dormiam... pareciam mortas, mas não, estava tudo bem... Marião parecia morto também...mas não, ele havia mistura tudo...estava nocauteado, nisso Katia chorava sem parar, numa ladainha, era um misto de desespero, agonia, preocupação, dor, arrependimento e outras merdas que não vale a pena dizer:

-Porque eu fiz isso.. porque...porque...
-Ei...Katia...calma... agora já foi...é assim a vida...já foi porra...
-É culpa tua Fabiano... é culpa tua... tu és um diabo... cara...eu tava lá na boa, chorando mas ia voltar pra casa... e agora com que cara vou falar com a mãe?

Que saco, essa é a minha vida. Pensei em fazer uma coisa bacana... mas a vida não é um relógio certinho, programas se desfazem, o trem sai dos trilhos e machucar-se é natural... é viver sim...

-katia quando eu te convidei, ambos estávamos sóbrios... eu não te obriguei, lembra?
-Fabiano...meu filho? Meu trabalho....cara...o que vou dizer? Que merda fui fazer...

Ela pega o telefone, existem dezenas de chamadas não atendidas, milhares de recados... e algumas ameaças também...
Abro a porta, o “Fudet” ta lá. Ufa. Minha vida esta em ordem então. Olho o relógio, são quase dez horas...

-Katia, primeiro vamos embora daqui... quando chegarmos lá... você diz a verdade... porem, acrescente um elemento dramático na situação... você ficou depressiva com a briga, muito triste... diga que foi dormir na casa de uma amiga... minta kátia, minta com convicção... e tudo vai dar certo. Ou diga a verdade e foda-se... eu prefiro a verdade, é mais doloroso...mas a cura é mais rápida...

Coloquei uma almofada debaixo da cabeça de Marião, cobri as putas adormecidas... que hora acordariam? Não importa... Marião iria acordar e provavelmente seguiria com a putaria com as moças...
Entramos no carro, dei a partida e Katia apenas chorava. Ela era uma merda, aquilo me irritava um pouco. Mas foda-se. Quando chegamos ao prédio... estacionei o carro... ela me disse que havia perdido a calcinha lá... esse era o menor dos problemas dela...
O sindico me olha como quem olha um ex-detento, não dou bom dia ou porra alguma. Entramos no elevador, Katia me abraça... a noite passou, a porta se abre:

-Valeu Fabiano...
-De nada Katia...

A porta se fecha... eu chego em meu andar... ninguém me espera em casa. Na cozinha, tomo um grande copo dagua... não escuto nenhum grito da vizinha... eu não sei... mas acho que deu tudo certo... o pior por vezes não é o pior, mas precisamos saber olhar com jeito. Acho que estou pegando o jeito.
Tomara.

Luís Fabiano.



Nenhum comentário: