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domingo, maio 26, 2013

Xoxotas





Paladino das xoxotas

Minha boca tornou-se ávida
Minha língua inquieta
Como uma minhoca deslizando em um cano de sebo
Tenho fome de viver
Tenho sede de ti...
Temos uma ponte flexível, de carinhos e paixão
Sou a dobra do desconhecido
És a lamina guardada na escuridão...
O vomito das estrelas...
Em uma noite repleta de amor

Sou um coração inquieto
Despertado por desejos sem fim
Propósitos esfarelados ontem...
E um trapézio de prazer em chamas...
Gosto do gosto, do cheiro acre e da urina

Isso me faz lembrar...
A de Monica era muito ácida...
Uma comedora de cebola e alho...
De Bete, suja como um pesadelo, molhada
Como uma sarjeta...
Joana cheirava a eucaliptos artificiais...
Era tão paradisíaca que causava asco...como a mentira...
Fatima, peluda como uma virgem, e maior que minha boca
Ela deveria ser astronauta... Pois já tinha o buraco negro...
Charlene, melada com muco branco e tinha gosto de cigarros e álcool
Boa para satisfazer vícios diversos do espirito...
E Vera?
Tão verdadeira, e a sua tem um gosto muito forte... E o cheiro
Demora dois dias para sair do rosto
A verdade é um gole de fogo...

Minha boca ávida
Entornando minha língua
Uma minhoca vivendo de paixão
Lamina transpassada de meu amor
Meus carinhos possíveis neste segundo
Teus desejos satisfeitos
A prece atendida por anjos egoístas
Teus restos espalhados em minha alma...
Um último beijo.

Luís Fabiano.

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