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quinta-feira, abril 25, 2013

Rei das Bucetas





Rei das Bucetas, noites medonhas e putaria desenfreada

Final
 Somente quem usa óculos sabe o que estou falando. A porra das lentes ficam engorduradas... E a pessoa que fez isso sabia... Naturalmente para mim não há surpresas! Nunca há surpresas... exploda uma bomba atômica, estupre um camelo no calçadão, caminhe sobre brasas... E eu vou achar tudo isso absolutamente normal... Digo em voz alta:

-Puta merda... Jussara...
-Amor... amor...amore mio... Que saudade... seu merda...

O Rei das Bucetas sorri com todos os dentes... E não perde a oportunidade:

-É Fabiano... Ela esta no cio hoje... Sinto o cheiro de longe de uma mulher com desejos...
-Porra... Rei... Quando eu ficar mais velho... quero ser como tu..
-Besteira filho... tu serás...melhor que eu...ou bem pior...

Jussara, estava de vestido, é uma víbora de prazeres intensos... Sabe o quanto eu gosto de vestido... Tira meus óculos e vai lava-los com lava louça... E volta sorridente e senta-se no meu colo.

-Bonito isso filha – diz o Rei... muito lindo... É assim que gosto da vida...
-Rei... O Fabiano... é meu...e com a tua benção...né?

O Rei sorri:

-Fabiano... é da vida Jussara...mas se ele te quiser... tu deves aceitar...
Estou em silencio, acariciando os joelhos expostos de Jussara, lindas pernas... Coxas intensas de uma negra repleta de músculos e força... Ela é assim... Intensa... e tão verdadeira que parece uma ofensa. Nada é perfeito, ela tem paixão em demasia... E como qualquer merda em demasia, é um problema. Mesmo o amor é uma merda em demasia... a burrice...a inteligência... O ser humano é um fodido por natureza, e jamais aprende a andar sobre um fio de navalha.

O samba seguia... e nesta noite, todos estavam animados... Uma situação tão rara quanto tenebrosa. Agora Dedéco e Negro Aço... Cantavam Almir Guineto... Sensacional. Eu estava imerso no tempo sem tempo. Minha mão foi subindo pelas coxas de Jussara... Ela agora bebia cachaça do meu copo... Éramos os amantes da vida... Era o mijo de Deus... e a merda do demônio, éramos um casebre abandonado, pegando fogo em uma madrugada, a consciência se afogando...

Minhas mãos atingem a virilha de Jú, ela esta sem calcinha, ela me olha com aquele olhar de safada, sorri num consentimento maravilhoso.

-É pra você amor... É tudo teu... buceta, a alma, meus pelos... mijo... e minha bosta... Tu és o meu filho da puta... é o meu canalha amado...

Existem mulheres que sabem como elogiar.
Ao terminar dizer tudo isso, meu pau estava duro como um ferro... a sensação era fantástica... meio bêbado... O samba de fundo, o cheiro de esgoto das ruas e o perfume barato de Jussara, o Rei das Bucetas gargalhando... A vida poderia terminar ali naquele instante... Eu estaria satisfeito.
Nisso uma loura paraguaia, oxigenada, da entrada no ambiente... Ela esta muito louca... chapada, bêbeda... Entra fazendo um escarcéu:

-Rei de porra nenhuma é o que tu és... há,há,há...

Olho para o Rei... E seu rosto esta impassível, permanece sentado... Fixando a mulher, com um olha que não pisca, ela faz seu show barato. Como uma ordem silenciosa, o samba silencia.

-Tu não és Rei de porra nenhuma... Tu és um merda Rei... Esse teu reino é feito de que? De putas, bêbados... e mais putas...

O semblante do Rei não se altera... Pensei comigo: talvez o Rei esteja devendo... Talvez ele tenha congelado... Quem sabe uma ajuda:

-Rei – eu disse- Quer uma ajuda ai... Sei-la tira-la daqui...
-Não filho... Não vai precisar... Ela em seguida vai chorar e se ajoelhar bem aqui... Bem pertinho de mim...
-Como é?

Ele era maluco ou eu não sei absolutamente nada da vida.
A mulher seguia berrando coisas incongruentes estava furiosa com o Rei... Num descontrole passional... Mas por quê? Não sabia. Mas apenas sei, e isto é corrente lá no Navegantes... Que o Rei costuma enlouquecer a as mulheres... Quando não as quer mais... Não sei se era o caso... mas...
Jussara estava ficando com raiva dela... Fez menção de se levantar e lhe dar uns tapas... Segurei-a firme. Bem para quem não conhece a Jussara... ela não é uma mulher que teme alguma coisa. Não. Ela sai na mão com quem for... E tem uma facilidade de passar por cima dos problemas, como algo que jamais vi em alguém.

Imagine um problema grave... Fale para Jussara... Ela assimilará... e depois vai pra cima sem medo, e enfrenta como uma garra de felina... Naturalmente isso é uma faca de dois gumes... Porque se ela não gostar de você... Ficará exposto como uma hemorroidas no sol... ela fala mesmo... Direto e sem anestesias... Boa menina.

Cinco longos minutos se passaram, a mulher ainda aos berros... Agora muito transtornada.. Como uma teta saído do decote, toda cheia de lagrimas e ranho... Cabelo desgrenhado... E nós éramos os bonecos de cera... Ouvindo tudo aquilo.

Então... A voz dela foi faltando... a voz foi sumindo...e ela foi se aproximando do Rei... E como se uma bruxaria, algo sobrenatural tivesse tomado ela... ela veio chegando até nos...lentamente...e ficando sem forças. As pessoas do Bar pareciam esperar isso... E faziam certo ar de sorriso... como quem vê a fera, sendo pega na armadilha...o Negro Aço sorri plenamente e comenta baixinho com Dedéco: A Sonia se fudeu agora.

Quando a loira oxigenada chega próxima ao Rei... Ajoelha-se... E chora como uma criança em seu colo... Começa a pedir desculpas... pede perdão... Pede para que ele não faça nada... que não a puna... Por favor...
Jussara me olha e diz:

-Ela merecia era o desprezo dele... Mas se ele fizer isso, ela se mata...

O Rei coloca a mão na cabeça da mulher, como quem acaricia um cão domesticado... Toma um gole de cachaça, arruma um pouco o cabelo da mulher... Coloca a teta dela para dentro do decote e seca as suas lagrimas com as mãos... por fim diz:

-Sonia... Que essa seja a ultima vez... Eu vou te ajudar... Mas seu eu souber que tu voltaste as drogas novamente... No meu estabelecimento não entra drogas... jamais.
-Não Rei... não vai acontecer novamente...
-Muito bem... Agora vamos embora pra casa...

O Rei foi se levantando, erguendo a mulher que parecia estar muito calma agora... Como um pesadelo que passa...

-Rei?
-Filho... a noite avança...e amor é algo importante, vou dar a ela o que ela não pediu... Porque raramente sabemos o que queremos... O pedimos muitas vezes é o que justamente não precisamos...

Eles foram embora felizes... O samba recomeçou e Jussara me olha... Um olhar que diz tudo...
Levantamos e escorremos para o seu chalé... Que fica próximo ao esgoto a céu aberto, à noite sem vento e com estrelas...

Quando entramos em sua casinha... Tomados de fura e tesão... Fomos arrancando as roupas, e Jussara estava ótima... não perde tempo... Arranca minhas calças... E ajoelha-se chupando meu pau... Uma chupada capaz de arrancar a alma de um homem pelo pau... Enfiava na garganta... e deixava lá até quase lhe faltar o ar... ela é maravilhosa... Ela quase se asfixia me sugando... Seus olhos estão cheios de lagrimas... Pela força... Então nos jogamos no chão mesmo... Animais... Brutais... Insanos... Doentes... Loucos... Uns fudidos de desejos... eu queria que o céu pegasse fogo...e que os anjos morressem agora... Vou até a xoxota da Jussara... cheiro está maravilhoso... Esta vencida de um dia de trabalho... o cheiro da vida...suor, mijo e sucos vaginais...esfrego meu rosto nela toda...quero ela em mim... Ela me olha... E cospe na cara... e enfia minha cabeça na xoxota novamente... Grita como uma louca... E em meio aquela escuridão... Éramos um meteoro caindo sobre a Rússia... Eu olho para ela e cuspo na sua buceta... Que esta inchada... molhada... Jussara vira de quatro... quer que eu rasgue o cu...que meta a seco mesmo...ela gosta assim...esta é Jussara... Um animal raro...

Quando meto assim... ela rugi...berra... E peida... é uma opera de prazer...um peido longo, sonoro e fedido... Estamos tomados pelo mal. eu quero mais... Eu quero que ela mije...  Ficamos assim... Berrando e metendo tudo nela... Estávamos assim, um tempo sem tempo... e por fim ambos cansados... Acabamos gozando, ela pede para depositar a porra no bem no fundo do cu... Eu obedeço. Ela gosta de expelir a porra pelo cu... lentamente depois...
Por fim deito ao seu lado... Estamos ainda no chão... Exaustos... Parece que ela tirou a porra da minha medula... Ela é o combustível do inferno... Um caldeirão de enxofre...

Ela levanta-se vai até dispensa... Tem um uísque barato... O pior... Abre e toma no bico... me oferece... Abre a porta... Um vento fresco entra... agora o barraco era um oásis...todas as nossas misérias ficaram para trás... O corpo esta em paz, desejos estão calados... Estávamos ali... Não precisávamos de mais nada... Jussara vem até mim... deita-se sobre o meu peito...esta tranquila e dócil... Mas minha vida não é assim, nunca é assim... Não é mesmo, eu já esperava o próximo capitulo, o próximo drama... Mas por ora... tudo estava bem, e é assim que se vive... Um momento de cada vez.

Luís Fabiano.


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