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sábado, novembro 24, 2012




Saudável, porem nem tanto

Não lido bem com a hostilidade
Geralmente mantenho uma frieza distante
Uma estatua sem risos
Demora-se muito tempo, para se tornar o pior
O gelo custa a forma-se no alto
E naquela noite
A hostilidade estava estuprando a boa vontade...

Vocês sabem...
Ela gritava como uma insana
E eu congelado no sofá, cena normal
É assim
Simplesmente não tenho vontade de agir
Sou um vampiro ás avessas
Aguento as porradas em silencio de eco

Até que ela se esgote, o esgoto achando a saída, o fim
Me sinto mais forte assim
Nenhuma força, apenas ficar parado como um anormal ou uma pedra
Geralmente acaba rápido
Ninguém briga com um morto
Não tem graça

Esgotos transbordam inquietações
Cachoeiras refletem as estrelas passivas
Gritando o pálido desconhecimento de nossas razões
Então tudo me parece estupido demais, depois
Porque não podemos, apenas sorrir
No silencio de um quarto escuro?

Não lido bem com a hostilidade
Mas não me torno violento
O anormal berrando cachoeiras no escuro
Meus esgotos em chamas
Estanques a procura de paz
Por fim ela silenciou, embora nada estivesse bem
Naquele instante de quietude
Achei que Deus estava presente...

Luís Fabiano

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