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sábado, novembro 24, 2012



Navalhadas Curtas: Justiça das Ruas

O mundo está violento, inegável. Força bruta e ignorância, é sempre a mesma merda todo dia. Não esquento a cabeça como você, nem tomo partido de ninguém.

Estava passando pela Praça Coronel Pedro Osório, e um casal discutia de igual para igual. Diminui o passo e esperei as porradas. Previsivel. Não demorou muito e ela o acertou na cara, o cara sentiu e revidou, ela caiu no chão, mas parecia estar bem, não sangrava. Levantou-se e acertou novamente o cara agora mais forte...

E não sei exatamente o porquê, percebi que eles se amavam. Já tive este tipo de amor, damos e levamos umas porradas por uns minutos, e depois trepamos com ternura de amor eterno.
Não me meti naquela merda, e não meteria. Eles se mereciam. Uma mulher para ao meu lado nervosa:

-Moço, separa eles... Ele vai matar ela... Eu chamar a...

Realmente as pessoas não sabem nada de nada, pensei:

-Sei, mas quem a senhora acha que é a vitima? - Eu disse.
-A mulher é sempre a vitima...

Sorri. Ela tinha o discurso pronto como todas as pessoas que não pensam.
Neste instante magico da vida, a mulher acertou o cara nas bolas... O mesmo despenca chorando no chão como um bebe...
Olho pra mulher ao meu lado... Ficamos nos olhando e cúmplices de um crime, ambos sorrimos.
É isso que digo, ela também não prestava.

Luís Fabiano.


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