Pesquisar este blog

sábado, setembro 01, 2012




Navalhadas Curtas: Rendas da Verdade

Vizinhos mais vizinhos, porra porque estes caras são tão chatos? Chego tarde da noite, levanto tarde de dia. Pouco me interessa, quem lava, caga, fode ou mija. Mas eles têm tempo demais. Grande problema isso, tempo demais sobrando para quem não sabe lidar com ele, com toda certeza da merda.

Estacionei o carro no prédio e desci, então como uma poesia erótica de proposito, uma calcinha alada caiu sobre a capota do carro. Uma gaivota de seda com rendas suaves em tom avermelhado... Peguei a calcinha, e olhei pra cima. Na janela do terceiro andar uma moça me encarava... parecia não muito feliz de me ver com a sua calcinha.

Sorri pra ela. Naquele momento éramos muito íntimos. Mas tais momentos são assim, breves como um tiro na cabeça.

-O senhor... o senhor pode largar a minha calcinha ai no chão mesmo!!
-Oi, tudo bom? Não queres que eu te leve aí, não custa nada ?
-Não, não, o senhor deixa ai mesmo no chão, o senhor nem era para ter tocado nela assim...

Trouxe a calcinha limpa para perto do nariz... cheirava a alvejante, algo que jamais lembraria uma buceta... senti nojo daquela limpeza toda. Ela se aborreceu mais.

-Que isso senhor? Isso é abuso viu... vou contar pro meu namorado... que o senhor tá fazendo.
-Calma moça, calma... Tenho certeza absoluta que teu namorado nunca cheirou a tua calcinha usada assim, né?

Houve um silencio inesperado, então ela se deu conta...

-Hã?Como é que é?

Joguei a calcinha no chão e subi para meu Ap.

Luís Fabiano


Nenhum comentário: