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segunda-feira, julho 02, 2012




Deformação

A noite brilhava promessas
Estrelas cadentes beijando um céu, numa tentativa de prazer forçado
As vezes não acontece... nada fode nada...
Eu sentia-me bem... bebidas ajudam no processo
Óleo para vísceras...
Achei um banco e criei minhas raízes

Como uma serpente sem norte
As pessoas iam chegando uma a uma...
Mas como um imã invertido... não se conectavam 
Imperceptível repulsão, como um gás venenoso 
Fiz o que faço melhor, observar

Algumas pessoas são um prato cheio
Outras um vomito de cachorro... não sei exatamente do faço parte... prefiro assim
Não tenho nada contra... foda-se o momento
Então ela chegou muito tranquila
Parecia senhora de si... 
Um rosto sereno, quase um anjo barro
Não gosto de anjos...
Sou mais o outro...

Então como uma hóstia viciosa...
Fomos bebendo na esperança de alcançarmos o paraíso
Um galopar inútil... valido pelo trote...
Gosto do que a bebida faz ao mundo
As expressões se deformando, sorrisos ficando rasgados, as gárgulas tornam-se vivas...
Minha sobriedade, um visgo de baba derramado de um céu em chamas
E dentro do pior, para mim ela ficou muito bem...

A maquiagem borrada 
Um riso fácil de odalisca sedutora
E a vida torna-se um palco fraturado...
Minhas raízes fecundaram minha alma
A beleza perdeu aquele dia...
Afinal não se pode ganhar todas...


Luís Fabiano.

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