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segunda-feira, julho 30, 2012




Consciência do mal

Como cordas que balançam
Em jogo inocente
Tudo parece lindo e fácil demais, ledo engano...
Raramente percebemos nossas garras e dentes
Entrando fundo no silencio transtornado de outros
Como uma dor que não existe
Batidas que se repetem sem brilho
Archotes que se apagam com o vento

O tempo me tornou um saco de boxe
Raramente algo dói, raramente acho que vale reagir também
O que dizem entre dentes...
O que fazem em oculto...
E, sobretudo o que sentem...
Serão sempre dardos agudos na pele alheia...
Ainda que não exista reação

O teu olhar de desdém
Sorriso do Paraguai
Cumprimentos feitos de bílis
O suporte que fraqueja ante os golpes sucessivos do cotidiano
Ferrugem natural, crescendo nas dobras caladas
Palavra feita de adagas cravadas nas costas
A espera do final feliz

Triste pensar que isso é o natural
Passos do incomodo traçados
Em nossas sombras latentes
Quando precisamos ir um pouco mais além...
Negociando consigo mesmo
O fausto que mora em nós vendendo a alma ao demônio

Mas fique tranquilo
Isso não deve ser uma briga
Mas um perene afago no equilíbrio humano
As peças que o mundo precisa
Dançando entre o amor e os problemas
Flecha tentando acertar o alvo
Mas não entendemos muito bem
Quem é a flecha ou tão pouco o arqueiro


Luís Fabiano.


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