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segunda-feira, junho 18, 2012




Navalhadas Curtas: O embusteiro das Notas

Existem acontecimentos, que somos chamados a testemunhar, querendo ou não. Fatalidade. Isso é uma merda. Você tá ali... então de-repente a porra te atropela.


Estava no bar... e ele deu pinta que quem iria cantar muito. Os músicos locais o chamavam... ele sorria em um “encabulamento” vaidoso.
Então alguém pra dar uma força... trouxe-lhe um cavaquinho.
Sorri e disse a minha companhia: agora começa o show!


Minha ironia pressentia uma catástrofe galopante. O cavaquinho chegou embrulhado em uma capa especial, como um Batman. O cara tinha o tipo que vende só a imagem. Brinco dourado na orelha esquerda, cabelos raspados, estava bem vestido.


Então lhe entregaram o microfone ajustado, o cavaquinho afinado...e ?
Bem, o que seguiu foi uma tentativa de ouvir a voz dele... porem, parecia que estava cantando pelo cu. O publico, como sabemos, é uma vadia e infiel... tentavam conter as risadas, eu também. Mas a bem da verdade ele parecia estar cantando em outro idioma, talvez não deste planeta... filho da puta.


O impagável olhar dos músicos, era uma sirene de fogo num sanatório em plena madrugada. Palmas falsificadas... e todos se olhavam... num misto de piedade e horror.


Por fim parece que ele percebeu o próprio ridículo. Abandonou o palco duas musicas depois para alivio de todos nós.
Porra, ainda bem que existe a cerveja para contemporizar as mazelas humanas.

Luís Fabiano.

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