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terça-feira, maio 22, 2012



Garimpando um pouco merda fresca

Sentia-me descendo uns degraus
Por vezes é assim
Dias bons, dias ruins e dias inodoros...
O tempo brincando conosco, enquanto vamos sendo 
Conduzidos ao fim...

É... 
Nada de pessimismo
Sabem como é... se formos refletir profundamente sobre a vida
Não chegaremos a boas conclusões...
Deixe assim, não perca tempo
Viva radicalmente sua monotonia
Deleite-se no tédio existencial, e tudo ficará bem

Pode não parecer muito... quase nunca é... aparentemente
Temos em nós uma insatisfação voraz 
Que rumina nossas chances mais belas no hoje
Tudo é uma promessa aberta... um dia... talvez... quem sabe...
Nunca sabemos
Vamos garimpando a vida, a procura da pepita
Quantas vezes ela esta diante de nós, e não vemos?

A dimensão verdadeira das coisas é a nudez da simplicidade fecunda
O brilho fulminante e cativante advém da beleza que emprestamos as tudo...
Picasso é ótimo, Beethovem também, a estatua perfeita de Adônis é boa
Porem, eles nada são para cegos, surdos e manetas...

Nós e nossos sentimentos, embotados de sempre
Negando o amanha
Respirando atmosfera de nossos umbigos 
Enquanto os sinos tocam na esquina
Misturam-se todos, na agonia desesperada de ser feliz
E pisamos nela a todo momento...

O instante magico não esta pendurado nos pentelhos de Deus
Um milagre somos nós... 
De quanta força você tem para enfrentar as merdas existenciais
Pouco importa se haverá vitória ou não...
Nosso coração bate forte, o bumbo ininterrupto da alma soa
Nós respiramos com a força dos tornados apaziguados...
Que mais queremos...


Luís Fabiano.


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