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sábado, março 10, 2012


Mijando Moscas

Temos uma imprensada crueldade calada
Lampejos flutuantes
Relampejando em nosso coração
São olhos cegos... sem asas
Foi o que entendi...

Tentava mijar, cambaleante
É quando o sanitário converte-se em um abismo iluminado
Tirei o pau pra fora... ele entusiasmado cresceu um pouco na minha mão
Talvez acostumado a punhetinhas felizes... Maricota-Maricotinha...
Então eu disse: vamos seu merda... vomite sua agua quentinha... e vamos...

Foi quando a vi...
Debatia-se contra as bordas do vaso
Contive um pouco o mijo...
E vieram os malditos conflitos da consciência... mijar ou não mijar, eis a questão?
Matara mosca, apertar um gatilho, torturar as emoções alheias...
Tudo isso é uma mesma coisa...

Uma certa indiferença de foda-se da natureza
Que não se preocupa com vive ou quem morre...
Pensei em tira-la com a mão...
Pensei em vermes podres...
E bactérias felizes...

Então tudo desmaiou
E é exatamente como somos
Mijei minha cerveja sobre ela
E tudo se acabou rapidamente
Dei a descarga, como quase tudo que faço na minha vida
Minha alma adormeceu
Nas nuvens dos justos...
Tomei outra cerveja...

Luís Fabiano.

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