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sábado, março 03, 2012



Ecos do Querer

Deixa-me ser a tua merda
Teu sangue
E tua alma
Deixa-me ser o imprestável em ti
Vírus do teu melhor
Drama e amanhecer
Com requintes adocicados de estrelas

Vou penetrar teu espirito e carne
Serei teu vampiro em paz
Entrarás em mim sorvendo o bem e o mal
Dorso leve no brilho de sonho
Cavalga em ti
Fagulhas despertando mundos
Amor criando orvalhos...

Quero ser teu vicio incurável
Doença e inquietude na ânsia
Enquanto nos vasculhamos um ao outro a procura do melhor
Entre copos que se esvaziam lentamente
Corpos que se complementam
Tapas que não doem
Intimidades que se abrem
Lotus permeados

Não sabemos aonde isso irá nos levar
Que porra... não importa o onde...
Sugamos como fetos o sumo de tudo temos
Num descontrole carinhoso de não perder...
Não perder-se...
No encontro onde silêncios se calam
Onde dentes se resguardam
Suores se misturam
Rios de nossas vidas

Quero sejas minha vampira
Fecundes minha merda...
Goze no meu sangue
E teus sumos se misturem a minha alma
Cadela alada dos anjos
Santa demoníaca de meus afagos
Beijo das esferas
Adormecer de meus braços
Aprisco do ninho
Nos fiapos serenos de nosso querer.

Luís Fabiano.


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