Pesquisar este blog

sábado, fevereiro 18, 2012


Navalhadas Curtas: Cuspe e Jeito...


Dias abrasantes nos lembram da presença do outro... o cara do andar debaixo. O caldeirão aceso, feliz esperando almas incrédulas. Não é por nada não, mas o cara debaixo é que sabe se divertir.

Por minhas vez estava diante da lagoa espelhada... com estes pensamentos ociosos, pela manha, o sol do Saara por cima e paz. Cadeira de praia na beira da agua, sombra e uma indisposição estomacal.

Então eles chegaram, um bom casal a distancia, como todas as pessoas são boas de longe... Entraram na lagoa e ficaram conversando a distancia. Mas a felicidade é assim. Eu conseguia ouvi-los a distancia por causa do silencio... no silencio pulgas peidam e escutamos e confundimos com o sobrenatural:

-“Paxão”... esta noite tu não vai escapara não...viu...
-Que foi “paxão”... escapar... de que hein?
-“Paxão”, não te faz não... tu sabe que eu quero o cuzinho... hoje...vai ter...né...

A mulher ri... num misto de vergonha e curiosidade, talvez... eu fico rindo no meu silencio quebrado por um rabo prometido... então a mulher responde:

-Tá... “paxão”... mais tarde a gente vê...então...

O homem não conseguia esconder os dentes... agora só resta saber se ele conseguiu, afinal comer um cú... é uma arte tão relevante quanto uma Monalisa, quanto abrir uma lata de sardinha... em tudo se pode acrescentar um toque de arte e jeito.

Luís Fabiano.

Nenhum comentário: