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quinta-feira, janeiro 12, 2012



Perfeita para sonhos * Doce verdade Suja

Ela eclodiu com um verme da primavera
A fada pairando em imprecisas nuvens
Rosto anguloso um sorriso de boemia
Cabelos alinhados
O olhar languido entremeado de desejo e paz
Tetas atômicas de Hiroshima
Tetas de sêmen e leite
Pelo negro nas axilas

A voz melíflua dos demônios e os deuses do amanha
Uma força embebida em pura emoção
A xoxota alada do encanto aureolado
Molhando-me... me grudando... me engolindo
A fenda das promessas malditas
Como braços de uma mãe embalando a nascente

Entre um trago e outro
Isso parecia fantástico
As sombras fantasmagóricas que dobram as esquinas
a pedra errante que te acerta
então tudo se desfez
entre peidos, mijo e hálito matinal
destruindo maravilhosamente o ideal completo do nada
Ruína da salvação

Olho para o horizonte e agradeço
Por não estar cativo e por os sonhos dilacerantes
Permanecerem onde estão
Nas dobras escusas da mente
Transfixados em nossas emoções utópicas
E por um instante a vida pareceu maravilhosa
A grandeza mística
De olhos que brilham longe do carcomido
Ancoras agarrando-se ao céu
Então fizemos de novo
E eu enfiei bem fundo como se quisesse
Gozar em seu espírito.

Luís Fabiano.

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