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sexta-feira, janeiro 27, 2012


Navalhadas Curtas: Minha Roleta Russa...


Ela era mais gorda que eu, mais louca, mais apaixonada e mais traumatizada. Perfeita. Sabia que me envolver com uma mulher daquele tamanho seria problema. Mas sou movido por desafios, aceitei a roleta russa talvez no afã de encontrar a morte ou redenção.

Quando ela caiu sobre a minha boca, mergulhando sua xoxota gordurosa, com um cheiro não lavado de dias, aroma forte de uma carniça abandonada por urubus, me senti feliz na câmara de gás, morrendo lentamente sem oxigênio.

Olhei para cima tentando ver o céu, mas nem seu rosto eu conseguia ver... era uma massa gelatinosa viva, sacudindo em um mar de graxa eterna... a dança macabra dos prazeres ocultos...aqueles que moram no subconsciente.
A poesia da desgraça, com o encanto instintivo de um assassino sem consciência.

Eu estava disposto ir até o fim ou morrer tentando. A desgraçada sorria como mil demônios remexendo seu caldeirão de carne:

-Come desgraçado... toma desgraçado... hoje vou te afogar com a minha xoxotona...

Não conseguia responder nada... aquilo era um misto de saliva sebosa... grunhidos patológicos de um encarcerado medieval, próximo ao ultimo suspiro.
Ela realmente tentava me matar... nunca tinha pensado em morrer assim, afogado por uma xoxota... mas parece que a ideia começou a me agradar.

Por fim ela gozou como uma baleia estuprada por um dinossauro... misto de líquidos vaginais...pelos arrancados...e um pouco de mijo. Então a vida não é ótima?
O cheiro custou para sair do meu rosto.

Luís Fabiano.

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