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terça-feira, janeiro 31, 2012


Filetes de sangue...

Atroz o momento. Uma tempestade ambulante. Quando olhares são dardos cáusticos, rascando a noite, e nos encontram em certa paz. Foi assim que nos despedimos, um milhão de vezes. Ela com ódio profundo, e eu com indiferença viciada.

Terríveis quando maus sentimentos fazem casa em nós. Contaminam a alma, levando o brilho das estrelas pra longe... Quando a vi novamente, eu não sabia mais de quem era a culpa. Minha, creio sim...sempre é... eu e esta minha leveza a procura de espaços ilusórios... mas como fazer para que ela compreenda? Não sei. Não luto... não insisto, eu desisto.

O que mais me doeu em tudo isso... foi a criança que me prendia a seus olhos... laços invisíveis tirando o meu coração de mim... ela teria que conviver com mais essa droga. Ficamos nos olhando um bom tempo... enquanto a mãe dela dizia coisas horríveis a mim. Era normal.

Apenas abanei... e virei de costas deixando uma lágrima forte escorrer... ela sulcou meu rosto... partiu meu coração com a pior das laminas... eu faria qualquer coisa para que não fosse assim...


Luís Fabiano.

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