Então ela me olhou nos olhos... olhar cheio de medo, agonia e dor... o inescapável momento onde se suporta a dor ou cria-se mais dor.
Ela tinha perdido tudo... o emprego e depois um certo amor, e agora estávamos ali. Não queria ter ajudado a empurra-la mais para o abismo, mas como o prever o fim?
Merda de amor que sempre termina?
Ela tinha uma gilete nas mãos, e um dos braços já sangrava, como depositar esperanças em um deserto? Decidi me tornar cumplice... uma vez que não consegui dar o que precisou para viver... então eu abraçaria na morte, e ambos esperaríamos o último suspiro unidos pela separação.
Luís Fabiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário