Escorre em mim por si
Gosto da maneira que ela chega a mim
Direções imprecisas
Olhar algo feroz... indócil, doce...
Segregando desejos ocultos
De devorar-me lentamente
Fleuma incandescente
Androgenia das esperanças incontidas
Fazendo sumos destilados do gozo
Afluírem como o visgo das lesmas
A xoxota “ereta” deslizando por meu corpo
Rosa orvalhada de meu amanhecer
Gozando, mijando... suando...
Resfolegando em mim sua fome sem limites
Os pelos compridos pubianos
Elétrons faiscantes e magnéticos
Tramas de minha aranha puta
Vulva úmida, derretendo esferas do certo ou errado
Ela a mulher, a machorra, a mutante incorporada
Medindo opostos comigo
Dilatando quereres errantes
Jogo voraz impregnado pelos vapores da porra celeste
Ela em mim... eu nela
Contrapartes dos elos de éter
Esfregando carnes picantes
Enquanto cheiros se misturam
Volúpias afiadas brilham numa noite sem fim
Inicios se perdem em fins
E não sabemos onde é ela e onde sou eu
Fodidos no deleite.
Luís Fabiano.
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