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terça-feira, novembro 01, 2011



Não há como perder...

Quando a beleza tira férias
Quando os ratos se regozijam sobre a mesa
Quando o mal gargalha em um canto
Quando o hediondo ganha ares de arte e triunfa
Alguma coisa esta errada...

Escombros silvam no silencio
Meu pensamento lateja inconformismo
E explicações nada dizem
Manchas na face de Monalisa
A Torre de Pisa verticalizada
Imperfeições que brilham e encantam
Lembranças fulminantes do orgulho

Meu pensamento...
Misseis errantes em todas as direções
Tentando acertar o que desfalece sem chance
Fico olhando-os a distancia
Tentando não me contaminar com vermes vaporosos apagados
Com úlceras abençoadas sem chance
Com a morte em seus olhos flácidos

Não sei se sou melhor que eles
Não sei quem e melhor
Mas prefiro não pensar nisso
Quero pinçar a beleza nas dobras da vida
Apostar nas possibilidades da primavera
Regar minhas plantas sem brilho
Como a paz que se cultiva pela entrega
Sorrio para o sol
E abro as portas do peito
Liberto filamentos de minha emoção

 
Luís Fabiano.

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