Espreita no escuro
Aves de rapina
Condores sem luz
Coisas que se escasseiam dentro de mim
A beleza fulminada passo a passo lá fora
Nos dias de ontem
E alguma sorte no amor hoje
Que mais precisa as ranhuras de um derrotado...
Quando todos os ventos sopram contra
Ainda é possível sorrir da merda e dizer: tudo esta bem
Uma fé plena sem Deus
Uma certeza sem montanhas perfeitas
O afago brando do inesperado
Dos anjos sem face
Enquanto no meu peito estalam esperanças
De onde vem isso?
Insondável, inexplicável fagulha do querer natural
Arranhando minha casca de breu sem voz
Extraindo luzes das feridas secas
Amamentando nascentes errantes
A vida segue
Não sei exatamente como tudo se dá
Não percebemos nitidamente as essências
Capazes de catapultar o sebo viscoso e grudento
Onde nos perdemos, dando a importância fabricada
O demasiado preenchido de nada
Tempo esta se esgotando...
Luís Fabiano.
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