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terça-feira, outubro 25, 2011

Sadismo nas asas Ceifadas



Sadismo nas asas Ceifadas

Dentes afiados de tesão
Uma raiva carinhosa
Esperanças de papel
Minha agressividade ecoando em um templo vazio
Tudo parece em perfeita ordem as vezes

Sinto-me em uma caverna velha
Enquanto tento acender a chama de meu coração
Amor, esperança e alguma felicidade
É preciso muito esforço
Nem sempre da certo
Tudo que escuto
São os gritos selváticos deles
E os olhos inquietos da mulher solicitando
Que o couro desça com mais força

Ficamos jogando assim essências
E o amor estende suas ramificações mais finas
Aproximando os desejos grosseiros a alma
Filtrando as dores através do chicote, do cinto, do querer
Das palavras mais doces
Favos da verdade brilhando em uma placa luminosa

Hoje eu não queria bater nela...
Mas sentiu-se ofendida por negar a porrada que ama
Por não dar o que deseja nas tramas de sua sombra
Suspeitou que o amor tivesse acabado
Quando não alimentamos mais as dores do outro
Para depois lamber novas feridas criadas
Alguma coisa esta errada

Mas tudo voltou a ordem rapidamente
Quando entre gemidos lascivos
Lagrimas espremidas
A paz abençoava os vapores do instinto
Podíamos sentir no éter permeando a vida
O encontro daquilo que era nosso pior
Ganhando asas para voar
Sobre nossos abismos em chamas.

Luís Fabiano

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