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sábado, outubro 15, 2011



Afogando-se na rasura

Afogar magoa de papel
Entre copos e copos de cerveja
Nada pode ser melhor o pior
Beber enquanto o coração esta dilacerado
Um deserto sem paz
Ao menos um consolo...
A próxima garrafa...a próxima...a próxima...

Meu pensamento viaja na saudade
Nas dobras sensuais de seu corpo
Em detalhes jogados em afiada indiferença
Nas fibras de sua alma
Nos retalhos do abandono
Essa historia de amor é foda...
Enquanto nossos pentelhos se enredam a baba de Deus
Gosto disso...

A tormenta fulminante do desespero galáctico
O berço famigerado que se desfaz...
Nascedouro de rebentos malditos expelidos de minha alma
Pois somente da moléstia calcinante é possível espremer
Fragmentos de algo útil
Como algo que valha a pena

Então tudo fica claro
Com o maldito brilho do sol
No balcão do bar, aparece a outra...
A puta alada das eventualidades
A próxima...
Cometa errante...
O eclipse da merda existencial
Com o rabo mais magnifico que conheci...

Como um vento sem pai
Lança pra longe a tormenta esfacelada da angustia perdida
Bebe do meu copo de cerveja
Como quem suga as minhas bolas
E sorri como a abusada disposta a levar-me
A todas as putas que pariam neste mundo

Esqueço tudo...
Como o volátil aroma das essências nobres
Então começo tudo de novo
Outro porre, outra conversa e outra xoxota...
Bem... onde é que nós estávamos mesmo?

Luís Fabiano.

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