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terça-feira, setembro 27, 2011



Graxa dos Céus

Ela sorria confiante
Certezas como dunas
Tempo que escoava na poeira em seu nariz
Gostava de fazer aquilo idiotamente
Entorpecida , doidona e louca
A puta

Mergulhava em mares de porra hedionda
Trepando maquinalmente
Drogando-se como uma indústria poluidora
Depois vinha Madalena
Como uma cadela que recém pariu
Querer carinhos outros
E beijos demorados
Caricias intimas
Sanar arrependimentos

Não sei por que vinha a mim
O pior de todos
O que não podia oferecera nada
O ladrão das esperanças benditas
Ateu místico de rezas sem voz
O impuro maldito das lagrimas nascentes

Dava-lhe meus braços
Meu pau
E os farelos do resto
As vezes adormecia assim
Enquanto eu era invadido pelo que não tolero
Pena famigerada transformando acalanto em esgoto
Permanecia quieto deixando os vermes comerem meu peito lentamente

Então ela acordava para seguir o vício
Levava consigo o pior de Fabiano
Como um sebo luminoso de paz
A gordura encardida e fétida de amor sem amor
Eu ficava bem
Ela eu não sei.

Luís Fabiano.

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