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segunda-feira, agosto 29, 2011


Rum

Destampar a garrafa
É abrir as pernas da fêmea amada
O cheiro pulsante
Forte secreção de desejos
E sonhos em silencio inflamado

Levo a garrafa ao nariz
Como um transe mediúnico
Sem entidade espiritual
Mergulho em sugestivo sonho
Aromas de amor

Ela esta despida com pelos não aparados
Na xoxota, nas axilas e na bunda
Um pouco suada do dia
A pérola em alto mar marejada de cristal
Sirvo-a em um copo largo com uma pedra de gelo
E tudo se torna paraíso sem promessa
As doces caricias intimas

Do gosto macio descendo pela garganta
Na boca o frio...
Na garganta a lava do vulcão
Acordando meus instintos mais brutais
A ferocidade do Tigre
Quero fode-la com um bom cinto de couro
E tapas fortes na bunda linda
Quem embala meus sonhos

Agora já não há volta
Vou bebendo mais de sua alma
Embriagando-me de sua espectral imagem
A realidade torna-se turva
E desmaiada textura
Diviso a fronteira onde os espíritos nascem
Onde o humano morre

Tomarei mais um cálice
Para que nada se cale
Nas perversões de minhas esperanças

Abraça-me no meio das tuas pernas
Serve-me de quatro e quente
Ama-me até quase o ultimo gole de teu sumo
Seja minha por inteiro
Sem gelo e pura
Com aquele brilho dourado de sol

Luís Fabiano

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