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quarta-feira, agosto 24, 2011


Locomotiva

A vida passa veloz
Piscar de olhos
Uma ponte que se faz e desfaz
Dentro de mim uma caldeira de emoções
Ódio e amor travam a épica luta
Quero fugir dos trilhos
Enquanto aviões riscam o céu
Gondolas deslizam suaves
A alma mistura-se ao aço
Parafusos a velas desfraldadas de seda
O vento ao voo
Arrastando sua carga pesada
Tentando alcançar destinos

O trem dança nos trilhos
A máquina aflita de esperanças alucinógenas
Sem jamais decolar
O maquinista olha a noite
Cometas fulgurantes silenciosos
Tudo que tem é o seu destino
Deus, diabo o limbo
Realimentando a caldeira
Medo, coragem, decepção, paz e lágrimas
Que o trem ande mais rápido
Que se abrace ao destino
Que afague as estrelas inalcançáveis
E descanse ao sereno

Luís Fabiano

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