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sexta-feira, julho 15, 2011



Tranquilo muito Tranquilo

Botecos no inverno são tristes
Como as folhas secas que caem
Poucas almas penadas vagam ali
Fieis ao culto infame
Bebia a espera que algo acontece
Mas nada
Nem doidos suicidas, putas sujas, veados viciados, brigas ou sex apeal gratuito
Os mestres estavam em férias
Atendente hermafrodita passa pano engordurado no balcão
O mesmo que seca os copos
E garante o gosto típico das bebidas
Pote com ovos cozidos adormecidos eternamente
Madrugada avança como um doente no hospital
A espera do amanhecer
Fervilham esperanças silenciosas
Mais um gole na cerveja
Para matar o verme dentro de mim
Estamos sempre matando algo
Mas que eu queria, em uma noite sem estrelas?
Queria um pequeno show
Destas coisas que amo
Gente fora dos trilhos
Cabelos desgrenhados ao vento da primavera
Beberia lagrimas verdadeiras de vez em quando
Mas pela porta não entrava ninguém
Hoje o vampiro voltaria com sede pra casa
Teria que dar um jeito
Olhei a hermafrodita com segundas intenções, sorri idiota
Ela fecha a lata, e as esperanças escapam pelas frestas da porta
Tudo bem
Ficarei tranquilo com uma boa punheta em minha cama
E adormecerei feliz e molhado
Gosto assim
E o melhor
Acordar melecado e um pouco suado com aquele cheiro fantástico matinal
A cerveja termina as 02h47min da manha
Junto meus panos de bunda e ganho a rua
A noite continuava sem estrelas
Mas eu fiquei feliz
Afinal nem tudo é sempre uma noite que rasga amor
Meu coração batia devagar e tudo estava tranquis
Respirei e cambaleando voltei pra casa
Porra
É impossível dizer o quanto me sentia bem
Um anjo adormecido abraçado as divinas tetas

Luís Fabiano.

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