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quarta-feira, julho 27, 2011



Servidos ?

Ela andava insuportável
Como uma aura elétrica
Falando, pensando e sentindo todas as merdas do planeta
Eu o fiel da balança
O pendulo do bem e do mal
Compreensão e rancor
Carinho e o tapa
Beijo e o vomito
Indiferença é o meu amor
Ela para na porta do quarto
Nua da cintura para baixo
A luz que se projetava detrás dela
Transformava-a em uma assombração linda
Então faz uma cara sarcástica quase malévola
Com as pernas aberta vejo algo pingando de sua intimidade
Sangue, sangue, sangue...
A vida pode ser fantástica
Eu deitado na cama bebendo cerveja entre os anjos bêbados
Aquilo incendiou minha alma
Carregando-a para o inferno
O sangue continuava pingando no chão
Fazendo aquele som denso
Ploff, ploff
Ela sorri e o silencio o nos irmana
Testemunhas do nada
Silencio assassino
Criminoso
Pervertido
A tentação macabra sussurrando
Então vem se arrastando como uma cobra
Até mim
Deixando poças de sangue no chão
A menstruação sujando tudo em seu caminho
Lençóis
Cobertas
Chão
travesseiros
Minha boca
Entrego-me sem limites ao querer
Eu o Drácula
O vampiro
O demônio carinhoso
Frenesi
Quase me afogo em sangue
Ela atingiu o orgasmo
Como o rio o mar
O tiro no coração
Bebo ate a ultima gota de tudo
Beijamo-nos ternamente
Enquanto eu me sentia um recém-nascido
Quase chorei...

Luís Fabiano

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