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sexta-feira, junho 10, 2011



Navalhadas Curtas: Sabor a mi


Detesto sonhar, me cansa muito e acordo exausto como em uma batalha. Mas infelizmente não se controla exatamente os sonhos, essas porras do subconsciente insistem em colocar as maguinhas de fora quando menos esperamos.

Sentia-me asfixiado, o ar não entrava e nada saia, como se mãos invisíveis estivessem apertando minha garganta. Acordei sobressaltado, tentando respirar e sobreviver, sonho filho da puta, como pode o ser humano jogar contra si mesmo?

Não conseguia respirar porque estava congestionado, puxei o mais forte que pude a respiração e então uma grande bola de catarro grosso veio para boca, respirei aliviado. Porem agora tinha outro problema: levantar da cama quente pra cuspir aquela merda? Engolir? Então ? 

Olhei para um lado procurando qualquer papel que fizesse a guisa de escarradeira, e achei, cuspi nele sem analisar o conteúdo, quando dobrei que me dei conta que era uma nota de dez reais... tarde demais.

Não tenho nojo de nada, dobrei a coitada e deixei sobre a minha mesa, segui dormindo, depois eu vejo como faço, uma coisa é certa, a nota não vai fora...


Luís Fabiano.

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