Pesquisar este blog

terça-feira, outubro 19, 2010


Cantora

Ela cantava em meio a turba
Saciavam-se
Comiam, bebiam e cuspiam
Gruíam asneiras entre si
A voz solitária erguia-se
Fio de carinho a
indiferença
Eles batiam palmas
robóticas
Riam indiferentes
Odiei aquele publico
Eu olhava a distancia
Mais próximo que a pele
E a alma
Encostado a um balcão
Arrimo dos bebedores
Muro das confissões
Aparadouro das lagrimas
Por momentos fechava os olhos
Deixa-me respirar
a musica
A voz se ergue novamente
Procurando estrelas
Rasgando infinitos
Mergulhando em mim
Tão solitária
Abandonada
A flor perfumando o vazio
A estrela
em uma noite de cegos

Luis Fabiano.

Nenhum comentário: