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sábado, maio 29, 2010


Madrugada

Noite longa demais,
Não quero pensar,
nem lembrar ou sonhar.
A cabeça deita,
quero descanso,
La embaixo,
musica alta
Gente que berra,
garrafas que se quebram.
Não queria estar lá, ruídos vazios
Uma risada oca.
Viro para outro lado,
catando silêncios.
Mas não,
não há conforto,
Não há paz.
Me desligo de tudo,
não vou brigar com a multidão,
Nem com a vida ou sombras da noite.
O telefone toca.
Telefones que tocam de madrugada,
nunca
São afortunados,
é mais ruído e tragédia.
Não sei quem é,
não sei se atendo.
Não atendo,
não quero noticia alguma, às trágicas coisas
Vem sem querer.
Talvez fosse uma princesa querendo ser salva,
vai saber?
Não sou príncipe, nunca fui,
não salvo nem sequer a mim mesmo.
Princesa bêbada, perdida e suja?
La embaixo alguém discute,
grita palavrões.
Um carro arranca em alta velocidade gemendo pneus.
Madrugada longa demais,
Nem sono, nem princesa, nem álcool, e
cansaço demais.
Fico assim, morto e vivo.
Agora é preciso levantar,
Que merda,
é preciso levantar.

Luís Fabiano.

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