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terça-feira, janeiro 19, 2010


Navalhada curta: Não to matando, roubando,”estrupando”...

Cada um batalha pelo seu quinhão.As vezes merecido, as vezes não.O que necessariamente não quer dizer,quem se fode mais ganha mais, é o contrário, alguma dúvida? Perguntem aos senhores em Brasília!
Não é critica, de forma alguma. Respeito quem vence o sistema. Cada um com seus méritos. Mas não era isso que queria dizer.
Tava pegando meu carro estacionado na rua.Do nada surge um marmanjo de uns vinte anos no mínimo. Tava ligado na minha.
Chegou com discurso pronto:
-E aí doutor...dá uma força pro nosso almoço, tamo batalhando, não tamo matando,roubando, “estrupando”, tamo na luta, aí, só com o café da manhã na barriga...e agora é almoço...
Seguiu o papo furado, bem arranjado. Papo feito para me causar culpa em quem está um pouco melhor, ainda que a vida esteja uma merda.
Não dei atenção. Queria ir embora almoçar...ele ficou pendurado na janela, seguia falando com a mão estendida: doutor, uma moeda ajuda no nosso almoço, não to roubando, matando, estrupando...
Eu disse que não tinha moeda. Ele segue:
-É só pro nosso almoço, um real já ajuda...não to matando..etc..etc..etc...
Me irritei, raivosamente. Não gosto de ser forçado, alguém gosta? Sem beijo ou preliminares antes, não vai...
Olhei pra ele e disparei:
-Cara, vou te dar um conselho gratuito,dos melhores: Começa a roubar, matar, estrupar...farás um bem a humanidade,que não vale muita coisa mesmo, talvez ganhe algum. Bom almoço.
Ficou me olhando, olhar paralisado.

Luis Fabiano.

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