
Cor da alma...
Vez por outra nos deparamos com os donos da verdade, e é preciso ter cautela, um dono da verdade jamais deve ser contrariado, é uma burrice medonha fazê-lo, porque ainda que joguemos um oceano de razões e bom senso sobre o dono, dificilmente ele terá, primeiro a inteligência e depois a humildade de reconhecer-se um autentico imbecil, mas é normal, eventualmente vestimos a túnica nupcial da imbecilidade e imaginamos, em nosso mundo feito de “verdade” que somos absolutos, como absoluto é o Criador.
Mas, geralmente este tipo carrega alguma bandeira na alma, uma ideologia que ele usa como um armamento, ou um tanque de guerra( como diz meu amigo Magalhães) e ai é insuportável, quando se tem isso longe de nós, tudo bem, é como um tropel de cavalos planície abaixo, lindo de se ver de longe, bem de longe, da até para entoar uma poesia como alguma graça,mas de longe. É por isso, que sabiamente o livro sagrado da Índia (Bhagavad Gītā, "Canção de Deus")em seu trecho incial previne a Arjuna o guerreiro, que na batalha do campo de Kuruchetra(aqui entendido como a conciencia humana),era necessario matar os parentes mais próximos, sim,tios,pais,mães, irmãos etc...porque tais parentes são os predadores do alma(atman), o simbolismo é belo, esse parentesco é nossa apreciação aos então chamados pecados capitais,estão tão proximos que gostamos deles carinhosamente.
Isso me fez lembrar uma historia pitoresca em que um conhecido tinha ou melhor, tem convicções sócio/político/raciais, o que em sí ja é tão complexo, que uma razão perde-se na outra e em dado instante.Nestes momentos que a vida oportunisa talvez infelizmente, Gastão como é conhecido, desfilava sua logorréia desmesurada e insuportável,repetitiva como ja era de praxe,mais xiita que um xiíta, conhecido por defender os ideias raciais ao extremo (sempre tenha cuidado com quem esta disposto ao extremo sã
o muito chatos...),e ele falou, falou naturalmente não chegamos a conclusão alguma, porque pessoas verdadeiramente inteligentes raramente discutem, a sua convicção era subconciente, evidente não vale a pena, travar uma luta de braços em nome de um ideal que virá de lugar algum em direção a coisa nenhuma.
Depois de sua exposição,dos direitos das minorias e outra coisas, cala-se e fica me observando, querendo a resposta,eu digo:
-Bem, vamos cair um pouco na real Gastão, de leve, entre nós parentes não deve haver segredos, sabes como é...
Deixei a resposta vaga, estranhamente Gastão ajeita-se na cadeira, talvez antecipando alguma coisa incomoda que adentraria seu orifício intimo, sabem, aquela aprumada de quem se prepara para dor.
Ele:
-Como assim?
Me sentia um Arjuna as avessas, corajoso, sem medo e claro afim de matar os parentes todos,então com um olhar de sacana falei:
-Sabes como é caro amigo, nos compartilhamos a mesma mulher...e ela não esta lá muito...como direi... de acordo com toda essa convicção...ela não é...
Ele,engasgou, como se engolisse um sapo, e era, infelizmente é assim, não é bom ficar sabendo muito da vida alheia, não mesmo, porque tão humanos quanto nós, uma vez ou outra acabamos sendo sórdidos e nauseabundos.
A comida veio ,e as bocas se encheram, tudo mais que se podia ouvir naquele sagrado momento, era a sinfonia do maxilares incansáveis.
A uma paz possível.
Luís Fabiano.
Vez por outra nos deparamos com os donos da verdade, e é preciso ter cautela, um dono da verdade jamais deve ser contrariado, é uma burrice medonha fazê-lo, porque ainda que joguemos um oceano de razões e bom senso sobre o dono, dificilmente ele terá, primeiro a inteligência e depois a humildade de reconhecer-se um autentico imbecil, mas é normal, eventualmente vestimos a túnica nupcial da imbecilidade e imaginamos, em nosso mundo feito de “verdade” que somos absolutos, como absoluto é o Criador.
Mas, geralmente este tipo carrega alguma bandeira na alma, uma ideologia que ele usa como um armamento, ou um tanque de guerra( como diz meu amigo Magalhães) e ai é insuportável, quando se tem isso longe de nós, tudo bem, é como um tropel de cavalos planície abaixo, lindo de se ver de longe, bem de longe, da até para entoar uma poesia como alguma graça,mas de longe. É por isso, que sabiamente o livro sagrado da Índia (Bhagavad Gītā, "Canção de Deus")em seu trecho incial previne a Arjuna o guerreiro, que na batalha do campo de Kuruchetra(aqui entendido como a conciencia humana),era necessario matar os parentes mais próximos, sim,tios,pais,mães, irmãos etc...porque tais parentes são os predadores do alma(atman), o simbolismo é belo, esse parentesco é nossa apreciação aos então chamados pecados capitais,estão tão proximos que gostamos deles carinhosamente.
Isso me fez lembrar uma historia pitoresca em que um conhecido tinha ou melhor, tem convicções sócio/político/raciais, o que em sí ja é tão complexo, que uma razão perde-se na outra e em dado instante.Nestes momentos que a vida oportunisa talvez infelizmente, Gastão como é conhecido, desfilava sua logorréia desmesurada e insuportável,repetitiva como ja era de praxe,mais xiita que um xiíta, conhecido por defender os ideias raciais ao extremo (sempre tenha cuidado com quem esta disposto ao extremo sã
o muito chatos...),e ele falou, falou naturalmente não chegamos a conclusão alguma, porque pessoas verdadeiramente inteligentes raramente discutem, a sua convicção era subconciente, evidente não vale a pena, travar uma luta de braços em nome de um ideal que virá de lugar algum em direção a coisa nenhuma.Depois de sua exposição,dos direitos das minorias e outra coisas, cala-se e fica me observando, querendo a resposta,eu digo:
-Bem, vamos cair um pouco na real Gastão, de leve, entre nós parentes não deve haver segredos, sabes como é...
Deixei a resposta vaga, estranhamente Gastão ajeita-se na cadeira, talvez antecipando alguma coisa incomoda que adentraria seu orifício intimo, sabem, aquela aprumada de quem se prepara para dor.
Ele:
-Como assim?
Me sentia um Arjuna as avessas, corajoso, sem medo e claro afim de matar os parentes todos,então com um olhar de sacana falei:
-Sabes como é caro amigo, nos compartilhamos a mesma mulher...e ela não esta lá muito...como direi... de acordo com toda essa convicção...ela não é...
Ele,engasgou, como se engolisse um sapo, e era, infelizmente é assim, não é bom ficar sabendo muito da vida alheia, não mesmo, porque tão humanos quanto nós, uma vez ou outra acabamos sendo sórdidos e nauseabundos.
A comida veio ,e as bocas se encheram, tudo mais que se podia ouvir naquele sagrado momento, era a sinfonia do maxilares incansáveis.
A uma paz possível.
Luís Fabiano.
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