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segunda-feira, agosto 03, 2009



Doces farpas

Na rua, passos de vento, tarde fria
Ânsia em olhos errantes,
vagos a procura dos teus?
Dos meus?
Esquina, humano,eu e você,
aflito fitava resultado de exame catastrófico.
Olhar a procura da vida
Que escapuli já,
fatal segundo de nossas duvidas,
medos, inseguranças e dor.
Passa tão rápido, num piscar já foi.
Acompanhei a fisionomia deste homem,
a esperar o carinho de um cutelo,ceifando-lhe, o que
Passou a vida inteira tentando achar. Achou infelizmente,
perdido naquele papel limpo,agora
Sua bíblia, sua sagração, seu pedaço de esperança
Seu querer viver.
Seus olhos falavam e sua voz ecoava a busca,
Riqueza de um momento, de todos os momentos de sua vida.
Triste.
Feliz.
Estúpida as vezes, e tão cheia de vazios, por favor...Deus...diabo..anjos...e demônios..alguém..
Você?
Ainda na rua, apressados a procura de si mesmo
Perdidos entre espelhos de um indiferença normal,
na aguda inveja de Narciso
De emoção, todos frágeis,
catando fragmentos de felicidade aqui e ali, restos de seu passado,
Talvez um carinho que seja rápido, sim,
um abraço puro,
Um aprisco para alma, um cativar de si.
Tudo estava ali, bastaria um sim ou não,
nunca a vida pareceu-lhe tão estreita.
De momentos tudo, de passados sombras, de futuro, ilusão
De verdade o que sinto.


Paz profunda a todos.

Luis Fabiano.

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