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segunda-feira, maio 18, 2009

O Ridículo Original

É inescapável mas todos temos em nós este “estigma” que pode ser genético,adquirido, por ignorância ou por auto-imposição de ordem diversa,mas naturalmente advêm de um profundo inconformismo e inconformismo nem sempre é uma coisa positiva, variáveis de contexto a parte, eventualmente caímos neste ridículo original de intensidades diferentes ou seja, uns são mais performáticos e burlescos, e outros mais contidos, discretos manifestando-se em escala inferior, quase imperceptíveis as vezes, ficando apenas nas consciências lugar oculto e não investigável.
Assim temos em caso extremos algumas manifestações que são superlativos de uma realidade, possível e diminuta: a bailarina obesa que sonha dar aqueles passinhos suaves de ave alada, e por desastre de na sua insistência, termina por derrubar o bailarino principal, em um vôo para ser pega por ele; em sua mente, ela tem certeza absoluta que é uma bailarina leve como uma pluma; temos o anão que é jogador de basquete,( não estou falando de mini basquete para anões...) ele sonha ser um Magic Johnson, muito embora não consiga arremessar a bola na sexta profissional, ele tem uma profunda identificação com o basquete profissional, e seu sonho é ser da liga profissional, sonho é sonho; a mulher esteticamente horrível, que deseja ser top model, ela tem certeza absoluta que é linda(aqui conceito de beleza que tomaremos, é o padrão atualmente adotado pela ditadura da estética que exclui 90% das mulheres...), ela tem certeza que será descoberta por alguma destas revistas de moda, e figurara na capa das mesmas, muito embora a realidade seja em verdade um pesadelo pessoal, ao olhar-se no espelho, nesta gama de manifestações temos umas subdivisões que se segue, a trivial de muitas mulheres e homens, que se sentem absolutamente “lindos”, bem a realidade é dura demais e a mente humana é ludibria a sí mesma; mas nossa lista segue avante, e temos o gago que queria ser locutor de radio, com a certeza absoluta que tem a entonação perfeita, com apenas um pequeno detalhe que não ira transparecer em sua locução extraordinária; o mal humorado de plantão, quem não conhece um? Sim ele esta sempre com um humor irascível, nunca em momento algum, consegue ver e perceber um aspecto tranqüilo da vida, torna-se um ridículo pois vê até nas manifestações mais belas do ser humano, um algo venenoso, a fera prestes atacar; temos a classe dos desajeitados de plantão, são aquelas pessoas que em tudo que fazem são plenamente desajeitados, acidentados, aquela pessoa que você sabe se tocar em determinada coisa, vai dar em desastre (e aqui eu assumo o meu ridículo original, em atividades domesticas,não fui feito para isso, e Freud explique isso...)mas não intencional, é um desastre natural, as pessoas chamam de desatenção eu chamo de catástrofe natural; mas claro que o patético humano tem outras facetas, o exagerado emocional de toda sorte, ridículos; os ciumentos de plantão, aqueles que tem ciúmes da mãe,da amiga( bem dependendo da amiga, as vezes vale a pena investir,as amigas são sempre boas amantes...), dos animais, dos objetos. o ciúmes patológico que não deixa de ser absolutamente ridículo; mas temos a antítese, aquela pessoa absolutamente “gentil”, tão gentil que chega a ser chato, pois tudo é tão educadinho, o mundo esta “acabando”, e a pessoa fica com aquele aspecto de paisagem de sol poente, quando se precisa em verdade de ação imediata, é aquele sofrendo um ataque cardíaco e a pessoa fica perguntando, se ta tudo bem, ta tudo bem ?
E coisas da intimidade sexual?
Tem coisas que acontecem e são ridículas intimamente, mas talvez ai possamos atribuir aos alcoólicos ou um tentativa de ser mais “sexual”, sensual possível, é o homem que tira a roupa e fica olhando-se no espelho , admirando a si mesmo enquanto a mulher nua aguarda aquela apreciação, a mulher” striper” amadora em casa, que se enreda ao tirar a calcinha e cai no chão transformando a noite de amor, a uma ida ao hospital, o cara que se acha o maximo na cama, e na hora H, da aquela broxada homérica; a mulher diz que é “super liberal” e na hora H, tudo não passa de um papai e mamãe, totalmente sem graça; diga-se de passagem que alguém “banca” que é o cara, que faz e acontece,o fato que não será assim de forma alguma, quando algo precisa propaganda demasiada...é isso...
Não existe maldade em minha colocações, é o aspecto divertido da realidade existencial, é o que se faz em diminuto, que em um momento ou outro caímos em nosso ridículo original, e diga-se de passagem, todos caímos neste ridículo original ainda que seja uma vez em uma vida inteira...Uma vez em uma vida inteira...

Paz e sobriedade

Fabiano.