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quinta-feira, maio 28, 2009

Em dois Ap,
lembranças do 302

Dizem que as casas são ou deveriam ser um santuário, lugar de onde as pessoas saem e a eles retornam, ou deveriam, nestes tempos bicudos de violência galopante onde a dúvida de vida e morte é cada vez mais intensa bem, se antes nada sabíamos de nossas certezas, atualmente menos ainda. Estou derivando já de inicio desculpem-me, meus utópicos pensamentos dançando um flamenco no meu cérebro, mas voltando, existem casas e casas, lares e lares, quanto ao santuário, bem alguns são bem profanos, mas a intimidade da casa deve ser de alguma forma preservada, o que lá acontece, lá deve permanecer, como um confessionário?
Não precisa ser tanto, lembrei-me de um amigo ou ex-amigo (realmente ainda não sei...) que sempre me falava da vizinha do 302, ele tem razão, a vizinha do 302 dele é algo estupendo, para não me aprofundar na excitante descrição da mesma, ela é a típica mulher do imaginário masculino, isso diz tudo, ele sempre me falava com extremo carinho da mesma, sua mulher sorria inocente,talvez imaginando que aquilo não fosse verdade?Homens inteligentes falam a verdade na frente das mulheres,dando uma inflexão de brincadeira e entre risadas, mas elas não acreditam. Bem, elas jamais entenderiam isso, alias diga-se passagem. nenhuma mulher entende isso,falo dessa sutil diferença,deixemos para lá...
Mas a conversa avança, eu acabo nos dias atuais fazendo um link com a vizinha do 302ª do meu prédio é claro, realmente, se ele a conhecesse como eu a conheci, nossa, a vizinha dele deixaria de ter o brilho de “deusa”, uma mulher muito linda, movida por fútil interesse de casos extemporâneos feitos de total desimportancia e consumismo carnal barato(isso não quer dizer que paguei...), aliás terreno ideal para conhecer as pessoas, se passar disso (falo por mim, e absolutamente de mim em particular...)creio que existe uma fatalidade inexorável ao desastre, prazer, Fabiano de Nostradamus!
A vizinha do 302ª é um sonho.
Mas toda historia que se preza tem seu revés, a vizinha do 302ª é maravilhosa, indescritível para o papel, personagem de texto completo, com todos os achaques de uma personagem pornográfica e gostosa, mas ela não é nada disso, é a típica mulher “moderna”, mas é preciso contar o outro lado, literalmente de prédio, sim, agora estou falando da vizinha do 302b,bem, por estes dias acabei por entender melhor a obra, a Bela e Fera, tudo fez sentido e ficou límpido feito água cristalina.A referida vizinha, é a antítese da outra, coisas da cabala Divina, se a vizinha do 302ª inspirava ardentes paixões e desejos irrefreáveis, a do 302b dava-nos vontade de fazer um arakiri,e aqui não estou falando tão somente de beleza física, que é um valor extremamente relativo, falo de elegância,de postura de sensualidade muda, de cheiros, sim falo quase do indizível.
Tudo poderia ficar assim em mera abordagem a distancia, mas confesso que meu desejo pelo bizarro me leva a coisas estranhas as vezes, querer beijar aquela de dentes em desalinho e sujos, sentir o cheiro acre de suas partes baixas, prazer e autopunição?
Que nada, pura diversão, se tem uma coisa que aprendi com minha experiência sexual,é que as feias trepam melhor(muito melhor), a belas ficam em um mundo todo solitário da insegurança, da beleza, elas e a beleza que a consome,lésbicas de si mesmas diria Nelson Rodrigues, mas as feias tem somente o corpo(não estou falando de qualidades da alma...este é outro assunto delicado, pois meu desejo não é ver a alma de ninguém...estou dizendo as pessoas que conheço, por favor, vistam uma máscara para falar comigo...),sim então naturalmente as feias se esforçam bem mais,compensação da natureza? Talvez, a verdade que a gordinha do 302b com seus aproximados 130 quilos me chamou a atenção, imaginei ela arfando em gemidos de prazer, e eu ali, me movimentando em sua gelatinosa barriga a procura do ponto G ou outro ponto qualquer do alfabeto!
Sonhei com aquela boca fétida, gritando palavrões e outras obscenidades, quando próxima de um gozo intenso repleto das maiores misérias humanas, e então, a suavidade quase celestial da elegante do 302ª, tão limpa, tão seca, um sexo feito de suavidade quase de poesia e angelitude, já pensaram , um cortejo de anjos fazendo sexo em uma orgia sem fim...
Para alguém de paladar tão extenso como o meu, cada uma tem sua beleza em especial, é estranho, mas por vezes temos sede de beleza e doutras precisamos do circo dos horrores, os motivos variam ao infinito, mas a verdade é, quando o homem tem sede e fome, por vezes bebe das águas pútridas e se alimenta de dejetos, não há nada demais nisso.


Paz e serenidade
Luis Fabiano.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa Fabiano que imaginação fértil, tu nos da impressão que é real o que escreves, é real?
Fico feliz que tenhas liberado os comentários novamente eu estava com saudades.
Obrigada.
Ana