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segunda-feira, maio 11, 2009


Caso de uma mãe, mãe de um caso...

Repita uma mentira uma vez, e ela não terá efeito algum na vida ordinária das pessoas, será apenas mais uma mentira bem ou mal contata, mas no entanto, repita-a um milhão de vezes e ela se tornará uma verdade, por se tornar algo vulgar, ordinário,aceitável, comum mesmo ainda que vá contra a “comportamentos socialmente aceitáveis”. Em nome destas diversas verdades, muitas coisas foram aceitas sem que o “cardume” questionasse o porque, apenas por que “cria-se“ a justificativa e quase tudo, para não dizer tudo torna-se licito.
Neste aspecto então percebemos que não podemos julgar a nada ou quem quer que seja porque sempre nos falta a percepção integral do que se passa na mente,emoção,alma e fatores ambientais que em algumas vezes nos levam a fazer algo, todos olham o resultado final e nada mais: e sabem porque olhamos apenas o resultado final? Porque é fácil, e tudo se limita a isso.
Joana era uma mulher especial, dessas pessoas que dizemos vulgarmente que são boas pessoas, pois havia em si aquela sinceridade despretensiosa de querer o bem alheio, sentimentos belos raros é verdade, fora a isso era de uma beleza natural simples mas suas virtudes corporais eram equilibradas, uma bela morena de longos cabelos negros ligeiramente encaracolados e olhos esmeraldinos, Joana era uma bela paisagem de ficar observando, perder-se em seus olhos era só um inicio. Joana conheceu Getulio e como este estava separado da sua mulher, acabaram tento uma relação que era sem pretensão alguma no inicio, mas com a convivência acabaram aproximando demasiadamente e com isso a fatal convivência porem, Getulio tinha dois filhos um menino e uma menina, a menina com dezesseis anos e o rapaz com seus dezoito anos recém feitos, surpresas do destino a parte até aqui nada demais, Joana tinha naquele momentos seus trinta e dois anos enquanto Sr.Getulio já estava com seus quarenta e oito anos, para os padrões atuais ambos eram jovens.
Tudo corria bem, Joana estava agora sempre na casa de Getulio e os filhos de Getulio gostaram da idéia de seu pai estar com uma mulher tão legal, Joana era atenciosa e logo fazia tudo na casa de Getulio, cuidava da casa, da comida das roupas de Getulio e seus filhos era algo absolutamente natural para Joana em sua pura manifestação de gostar de Getulio.
Mas toda historia que se preza tem um porem, Getulio não era muito afeito a questões de cama (defeito muito grave nos dias de hoje, onde quase tudo é profundamente apelativo carnal, homens devem ser cavalos sexuais e as mulheres, fogosas em chama viva etc....) Getulio era um homem a moda antiga, ou seja egoísta, não pensava no prazer de Joana, sempre transava da mesma maneira, um típico e frio papai e mamãe sem preliminares no sábado a noite, e tudo acabava-se em menos de cinco minutos e ia dormir...Claro que o “amor” faz superar obstáculos difíceis, no entanto existem coisas que a sublimidade nos faz esquecer temporariamente, e adormece como se fora uma serpente guardada e enrodilhada em um dos escaninhos da mente, quieta e solitária.
Joana já havia conversado com Getulio,mas ele não dera atenção devida, dizia que iria caprichar na próxima,mas a próxima nunca aconteceu, Joana percebeu que Getulio era assim mesmo, e não iria mudar instantaneamente, nada é instantâneo, pensamentos fazem caminhos escusos em nossa intimidade, as vezes lento as vezes rápido...
Esse assunto sexo, Joana tinha dado por encerrado ao menos com seu marido, fizera opções de dar-se prazer solitário masturbando-se, prazer inocente, secreto, e tudo ficaria bem. Parte de Joana fizera a escolha da sublimação, da transcendência ,da catarse, belas palavras para resignação, aspectos humanos que mesmo a “bondade” não nos isentam, nada nos isenta, talvez nas mais refinadas manifestação de nossa consciência, talvez...talvez.
Então uma noite dessas qualquer, que surge a manifestação de pensamentos errantes, Joana levanta-se para ir ao banheiro despreocupadamente, no caminho depara-se com a porta do quarto de Alex, o filho de Getulio (o nome do rapaz era Alexander, mas a família o chamava de Alex...)a porta estava entre aberta permitindo-se ver o que acontecia lá dentro, Alex estava por assim dizer dando prazer a si mesmo, em uma masturbação forte, levando-se em conta a idade era perfeitamente normal, porem em primeiro momento Joana fica meio que espiando estática, não conseguia mexer-se por muitos motivos, ela que sempre tivera carinho maternal pelos filhos de Getulio, naquele instante a serpente adormecida desperta e ante aquele “espetáculo” se da conta que é uma mulher, com desejos, com vontades, em um momento crise de consciência, pensou em sair correndo e entrar no banheiro rapidamente, porem aquela visão lhe era tão intensa, boa e gostosa de sentir, sim de sentir...
O estranho que Joana não esqueceu nem por um instante que Alex era como se lhe fosse um filho,mas as convenções as vezes se quedam ante o desejo represado e outras tantas coisas, queria o olhar com um filho naquele momento, mas ela Joana sentia-se e queria ser “mulher”, a linguagem simbólica é totalmente incapaz de expressar em vivas cores o que se passa no coração, a voz empresta corpo as emoções, mas elas são como o espírito, como o éter e devem ganhar alturas ou infernos, e nós ali ficamos como seres a procura de nossa desdita ou de nossa felicidade, eterna balança de nosso viver.
Passado alguns instantes Joana ali ficou a observar e por fim esgueirou-se para o banheiro a cata de seu prazer...logicamente depois daquele dia nada seria exatamente como era, eis a vida, existem coisas que nos despertam e existem coisas que nos fazem adormecer, na manha seguinte Joana percebeu o olhar de Alex para ela, ficou em duvida: Será que ela a percebera o observando ? Em sua mente pensava que não, mas na verdade que Alex a consumia com os olhos, como disse, as boas formas de Joana chamariam a atenção de qualquer homem, ainda que ela fosse sua madrasta?Afinal madrasta não o pariu,vulcões prestes a entrar em erupção , eu queria dar um ar de sublimidade a isto, pois o amor faz por vezes estranhos caminhos, faz fronteiras onde por vezes nem imaginamos, isso as vezes acontece, mais freudiano impossível...
É uma historia que prefiro deixar sem final, escolha seu final de acordo com seu estado de espírito, em alguns momentos você perceberá uma historia impudica repleta de voracidade sexual, doutras entendera o aspecto emocional daquela mãe-madrasta, incapaz de sublimar um intenso desejo contido em função de sua carência, as vezes você verá alguém imoral que expõe as baixezas humanas como a celebrar alguma santificação...todas versões tem a sua verdade, Joana mesmo sendo alguém especial, e uma boa pessoa, apenas tinha falhas como eu ou você...e você sabe muito bem, que existem momentos que nem amor, emoção ou virtude são capazes de conter nossa avalanche...

Paz profunda a todos, e todas as mães.

Fabiano.