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terça-feira, abril 07, 2009


Um pouco d’água...

Descia, descia, algo suave e silenciosa
Por entre frinchas, em meio a desconcertante paisagem hostil ,
modificada, destruída
Tempestades da vida...temporais...ventos sem fim...
Beleza feita de contrastes, da mais dura pedra tombada,
verte hora como lágrima,
hora como sangue,
hora como jubilo,
hora como carinho...filete que se exprime, entre grandezas em lento movimento.
Olhava isso, e era tudo...
Por mim passava e ganhava espaços,como quem beija o infinito,
não se detendo quando tudo conspirava dificuldade,dor, obstáculo, impedimento...
humildemente continha-se,
acumulava-se e seguia sempre, ao caminho e a seu fim...
todos buscamos nosso fim...e o fim termina por encontrar...
Para uns braços a espera,
para outros olhares repletos de carinho,
outros ainda apenas o silencio, a musica das almas,
que como água, seguem o nosso fim...
Nossa eterna contrariedade, pedras feitas de nosso denso e primitivo, o ser anão que existe em nós, sombras,
Água, emoção que nos conecta ao Supremo Ser, Pai, o Grande Oceano.
Por vezes nos falta ,e assim o é, a maleabilidade de nossas rochas...
Apreciamos demais elas, e a água segue ,sensível e bela, melhor parte do todo que somos nós, sentado naquelas pedras, isso foi o que sussurrava a natureza ,na quietude as vezes lúcida de meu pensar.

Paz em teu caminho.

Fabiano.