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quinta-feira, fevereiro 26, 2009


De mim ontem,
de agora o hoje...


Ontem nossos olhares não se tocaram mais
O tempo imenso na voragem de si mesmo, nos consumiu com brandura,

dos deslizes de nossa ignorância...de um tempo que não se tem.
Nossas vozes, foram dando espaços e o que antes era algaravia funesta, f

oi se tornando quietude, voz da alma.Mãos que afagavam a face, agora tocam em um espaço vazio e leve, como a sondar o éter...
Sabia que em dado instante me apartaria de tuas caricias,

e no fogo que carcome desejos, engole também parte de mim e de ti, não sei
como sentir, do descompasso de meu
coração a certeza que em a solidão de cada um de nós,
um sussurro, um gemido, uma exortação não entendida ...
Foste embora e eu fui também, levamos conosco

o que jamais ansiamos,mas em minha fragilidade,
quiçá única talvez, o desespero da dor, a romper
com minha inocência e apego, de minhas entranhas, surge um novo Eu.
Sumiste em branca neve na similitude de

ti mesma, sem adeus ou palavras, um aceno
e nunca mais, dei-me conta assim do tempo que não se tem, uma voz, um silêncio, um nada e já foi...
De mim ontem e de ti hoje, tenho em mim

a sublimidade de tua intenção e tens de mim
o aspirar, o aroma que o vento sempre trás.
Nos despedimos assim, mesmo sem querer...

Paz profunda a todos.

Luís Fabiano.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Fabiano, que belo poema deu-me a impressão que perdeste hoje ou em algum tempo passado, algo precioso para ti, mas tambem entendo que possa ser licença poética da tua parte coisa de escritor, por favor em algum momento esclareça os teus leitores tá bem?
Obrigada.

Dra.Michele.

Fabiano disse...

Bem Michele, quem de nós não perdeu algo inestimável algum dia? Mas o poema é um licença poética feita de melancolia,berço onde descansam nossas emoções hora boas, hora nem tanto, beleza desfraldada,o poema é um diálogo comigo mesmo,sumus de minha alma.
O prazer é meu.
Fraternal Abraço.