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terça-feira, janeiro 27, 2009



Beijos, flores da alma

Decididamente tudo que se relaciona as relações humanas tem uma delicada linha muito fácil de ser quebrada, destruída, laços existem é verdade mas por mais fortes que sejam, não resistem a todo e qualquer amor próprio ofendido, em outras palavras, orgulho, não gosto de pensar isso porque sob esta angulação poucas relações sobrariam no mundo, quem não se ofende e quem não tem orgulho? Vaidade? Egoísmo? Mas existem coisas que estrapolam...
Amor incondicional é obra utópica, avatares tentaram nos ensinar isso mas tudo desvaneceu-se em aspiração de algo além do que nossos olhos míopes não divisam, e quando não são tais sutis emoções são outras coisas, mais grosseiras e literalmente mais condensadas, pura filosofia existencial, ao menos de longe, porque próximo, meu Deus de perto...
Carlos era um verdadeiro boa praça, homem alto aproximadamente de quarenta anos, um emprego federal digno de dar inveja pelas mordomias e o salário, fora isso as qualidades de sua personalidade eram alguma coisa fora do comum o que o tornava quase um “Superman” ou o Super Homem de Nietzsche, um ideal feito de qualidade e belezas. Isso porem existe sem macula?
Sim de alguma forma sim ,ainda mais quando tentamos disfarçar as verdades.
Mas o que era estranho em Carlos, que nunca ninguém lhe via, nunca estava acompanhado de uma presença feminina, nunca, sempre só o que naturalmente levantava duvidas de sua sexualidade, afinal em tempos modernos, em tempos de “metrosexual” e de comportamentos alternativos e associados, fica difícil divisar o que é ou não é, e sobre ele é claro havia duvidas e muitas.Tão educado, tão atencioso, tão sensível ,era quase uma “moça com penis”. Machismos e deboches a parte, o homem deve ser inteligente e sensível porem não demais, é importante mantermos certos vínculos primitivos, homem nasceu para dar e levar porrada em todos os sentidos possíveis e imagináveis, e todo e qualquer excesso é um erro.
Um dia,sempre existe um dia uma “moça” da redondeza digamos aproximou-se de Carlos, e algo em seu corpo se aqueceu, a natureza fez seu papel, porem detalhes haviam, Carlos mesmo percebendo a vontade existente não se aproximava da moça de forma alguma, logicamente que isso terminou por causar uma breve desconfiança da sua parte, não resistindo a duvida e a tentação, não hesitou deu-lhe um beijo ávido e molhado naquela boca...naquela boca...naquela boca... boca podreeeee !!!
Sim com uma pequena troca de saliva, a moça descobriu porque Carlos estava sempre só, tinha a impressão que beijara o esgoto publico,o beijo encerrou-se rapidamente e ela saiu literalmente correndo...provavelmente para buscar alguma torneira para lavar a boca, algum enxaguante bucal!
Carlos permaneceu impassível como que indiferente a repulsa que causa, sim, sempre tivera mau hálito, desde de tenra infância, havia procurado muitos médicos e ninguém conseguia resolver o problema, já havia perdido as esperanças e todas as possíveis esposas, estranhamento como a beleza Carlos era solitário em seu péssimo odor, mas por outro lado a beleza também é solitária, porque em seu mundo “perfeito” tem a impressão que nada é necessário a não ser a beleza, sim, os belos e os feios são iguais!

Agora me dêem licença que vou escovar os dentes!

Paz e luz em teu caminho.

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