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quinta-feira, dezembro 18, 2008



Contos de Natal...

Vulgo Zé Ninguém...

Existe uma musica dos Engenheiros do Hawai que inicia mais ou menos assim...”muito prazer meu nome é otário, Vindo de outros tempos mas sempre no horário...” claro que a letra é profundamente critica e uma ironia, dando uma noção breve de quanto somos semelhantes em muitos sentidos...
Muito prazer meu nome é Zé Ninguem...
Estou por ai em todos locais e muitas vezes em local nenhum, sou aquele olhar ignorado, aquele que por motivos mil é desprezado,e por vezes esquecido completamente, sou aquele que queria uma chance de talvez tentar acertar...mas entendo que os humanos são movidos por sentimentos complexos e a compaixão não é por assim dizer uma atitude “normal” de nosso comportamento.
Não pense que sou somente aquele que você desconhece, não sou aquele que por vezes convive lado a lado com você mas por omissão e simplesmente desatenção não me vez, não compartilhas comigo nada, nem mesmo teu sorriso...ou tuas lagrimas...será que existo realmente?
Não sei.
Na noite onde as estrelas brilham e bolas multicoloridas de natal enfeitam árvores e ornam caminhos repletos de luz, eu permaneço semi-ocultado, na margem que ninguém vê! Naturalmente você deve estar pensando que por vezes fazemos por merecer as coisas que vem ao encontro de nosso caminho, e isso de alguma forma é verdade,mas quem em sua vida não se equivocou? Quem não foi injusto ao menos uma vez? E nesta linha de pensamento, quem não se arrependeu vezes e vezes pelos transtornos gerados a si e a outrem ?

Então em meio a tantos pensamentos tumultuosos uma luz se fez,ainda não sei dizer de onde vinha, se era do céu, da terra ou daqueles que não me viam...luz branda que não feria os olhos e enchia de paz,por muito tempo não sentia o que senti,não fazia mais sentido isso, naquele breve instante entendi que intenções são tudo, luz feita de bons pensamentos e emoções quase puras, ainda que sejam breves como raios que iluminam a noite e somem como se nunca tivessem existido.Neste breve momento eu me senti bem, havia paz em mim e por assim dizer me permiti a vivencia do espírito de Natal.
Creio que a idéia verdadeira é mais ou menos essa, dar-se a oportunidade de ver o que não costumamos ver tanto em nós como nos outros, como diria um místico, “ as pessoas não são essencialmente más, elas são essencialmente ignorantes...”, creio que este momento sucinta elevarmos um pouco o véu de nossa obnubilidade e ver os “maus” de forma diferente, é claro que não somos capazes de fazer isso de forma imediata, mas podemos pensar aos menos..lembrar ao menos...seria como uma breve oferta a data que possui significados tantos..

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

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