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segunda-feira, setembro 29, 2008



De tudo que perde...

Ontem depois de muitas andanças em ermos caminhos por fim me encontrei
Mas ao contrario de tudo que se imagina não encontrei-me integro e completo, encontrei-me fragmentado, pedaços de inteligência junto a farelos de emoção, descuidados...jogados, mas estranho foi encontrar-me assim, e eu que sempre tive de mim imensa apreciação, será que quanto mais cuidados menos cuidados?
Embora o contra-senso profundo entre dores e amores eu entendi, entendi miticamente , símbolo das coisas que são puras e verdadeiras em nossa existência...encontrei-me assim
Percebi que se tem o amor como se tem os dias e as noites, hora sim e hora não como humanos que somos, sonhando na realidade e dela queremos o absoluto, que este amor tão sacro, não reside tão somente em corações alheios, mas em teu próprio, e se ali não o encontras jamais o encontrarás por aí, dançando como dançam os ventos...encontrei-me assim...
Aprendi que as belezas são o reflexo da graça que tens em ti, luzes de tuas luzes,que se refletem nos espelhos do presente e do porvir, se não houver em ti tal grandeza, então amigo meu,não beleza vês ou verás...não há céus e nem tampouco terras...estranho sim..., no ontem também encontrei, aqueles que embora desejosos e abundantes eram tão miseráveis, pois haviam perdido o sagrado, o simples, o que faz a vida e tudo lhe é pano de fundo serem belos por aquilo que são, vivos, nus e sem acessórios ou adereços maquiadores da existência.Agora pergunte a si mesmo com alguma sinceridade, estarão os teus olhos e tuas mãos prontas para tocarem o corpo nu da existência assim?
Não há sedução...não há nada.
Sei que não é grande coisa para ti e me desculpo por tentar tocar as estrelas que não vês...mas ontem encontrei-me, e comigo encontrei tudo que havia perdido ou simplesmente nunca tive...não, não falo de sonhos esfarrapados ou pedaços de ilusão que em algum momento de minha vida talvez tenha alimentado ou mesmo daqueles a quem a vida tenha levado, não, não me refiro as quinquilharias da existência escravas de nosso ego,mas a significados, sim, pelos significados vivemos, e pelo símbolo e morremos.
Quando me encontrei ,tudo se me tornou abundante embora sempre o tivesse mas nunca havia percebido...não perceber é também ser miserável, a única e verdadeira miséria.
Ontem encontrei-me , e tu?

Luis Fabiano.
Paz e luz em teu caminho.

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