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sexta-feira, setembro 26, 2008



Amor Sublime amor...

Sempre discutir ética é uma coisa meio complicada porque sempre existiram os radicais da linha extremista e os mais moderados de uma abordagem mais leve, e curiosamente nenhum deles com a razão, pois tal entendimento necessita de um aprimoramento do pensar de uma flexibilidade dos aspectos emocionais mais arraigados.
Sim a grande maioria das pessoas se contenta em seguir regras, mas nem sabem porque o fazem,e isso não leva a uma interiorização daquilo que “correto”, de minha parte sei que qualquer ser humano quando apertado e conduzido aos seus extremos fatalmente e facilmente anda pelo caminho estranhos, ainda que a razão seja nobre, tal colocação é curiosa e mostra bem que todos e absolutamente todos estamos a um passo do céu e a um passo do inferno!
Dessas coisas que começam as avessas que por uma necessidade básica as vezes somos guindados do paraíso ao inferno ou vice e versa, sim, como gostarias que tudo tivesse módulos perfeitos e corretos repletos de simplicidade e obviedades mas infelizmente não é assim, e por vezes o erro torna-se o acerto se mesmo na mediocridade somos honestos, sim a chave salvadora é honestidade para consigo mesmo.
Elmiro era um sujeito pacato, tinha o aspecto polaco de sorriso fácil mas de uma imbecilidade enciclopédica, de uma escala inimaginável, ele viera de cidade interior em estilo de colônia para estudar na cidade grande, de fato estudou e conseguiu virar auxiliar de enfermagem, para seus conhecidos ele havia chegado ao pináculo, vencido mesmo, assim sendo ele conseguiu um emprego no hospital Municipal, ele era atencioso e repleto de zelo para com seus pobres pacientes cobaias, sim ele cuidava apenas do mais pobres e miseráveis, mas para ele era a gloria e por incrível que parece ele realmente amava a profissão.
Mas ele era jovem e como quase todo jovem é tonto e apto a fazer atropelos e imbecilidades a guisa de aprendizado, de fato o mundo das tolices. Aquele dia tudo ia bem, até que seu coordenador no hospital solicitou que ele fosse banhar uma moça (embora isso não seja de praxe sendo feito por homens em mulheres...mas não havia ninguém a disposição de tal forma que ele foi o escolhido...), ele sorriu pegou a ficha da paciente e leu o nome Arlinda, e sua cabeça viajou imaginando que era bela demais.
Quando Elmiro chegou para banhar Arlinda, se deparou com a seguinte cena: Ela ligada a aparelhos estava em coma induzido em função de um acidente, havia batido a cabeça de forma muito forte e os médicos não sabiam se ela recordaria alguma coisa, então mantiveram dormindo, mas ela era de fato bonita a mais bonita paciente em coma que alguém poderia ver ou tocar, neste instante, no interior de Elmiro algo acordara, algo que dormira por tempo demais.
Elmiro então fechou as cortinas e começou sua então árdua tarefa a despiu de suas poucas vestes e então ele tão comportado sentiu seu “guindaste” erguer-se na calças, ela era realmente uma bela mulher adormecida, creio eu em minha patológica imaginação que ele se sentiu o príncipe encantado da Bela Adormecida, claro, na versão mais trash e literalmente sadeniana, ele passava o pano úmido no pescoço, nas axilas, nas dobras dos seios que então para seu olhos pareciam intumescidos, por fim o baixo ventre a até chega ao monte de Venus e a gruta encantada do prazer( isso é quase tão poético que nem parece que ele era um tremendo sacana, eu respeito isso...), por fim ele tocou em sua vagina algo sujinha mas ele estava nas nuvens como o Príncipe que encontrou sua bela alguma coisa...
Arlinda ficou limpinha creio que até a alma, mas Elmiro acabara de acordar aquele desejo quase como uma necrofilia em vida, depois daquele dia jamais seria o mesmo, não preciso dizer que ele tornou a banhar Arlinda muitas vezes e quase sempre ejaculava nas próprias calças tamanho a intensidade de seu tesão por ela e aquele corpinho em coma!
Curiosamente um dia destes banhos Arlinda abriu os olhos, sim no exato momento que Elmiro abria lhe a fenda do prazer com seus dedos e a língua, quando os olhos de Arlinda viram o ato de Elmiro quase saltaram das orbitas, Elmiro se assustou, ergueu-se rápido dando a entender que estava com o pano úmido apenas lhe banhando a intimidade (claro que existe uma pequena diferença entre um pano úmido e uma língua, creio no meu entender que quase impossível de confundir...mas o ser humano mente para si tantas coisas não é mesmo, mais ou menos uma...), o banho terminou com Elmiro chamando os médicos para verificarem a condição de Arlinda, que estava muito bem apenas sonada.
Assim foi, Elmiro ficou sabendo que Arlinda estava muito bem e sairia em dois ou três dias, mas será que ela falaria alguma coisa para alguém de seu prazer secreto?Não que Elmiro tivesse consciência pesada, mas apenas não queria perder o emprego, e agora que descobrira este prazer que lugar melhor que o hospital para satisfazer tal prazer? Seja o que Deus quiser, ele ficaria sabendo em breve se isso ocorresse. Os dia passaram silenciosos, e tudo estava bem, até que numa manhã de sexta feira Elmiro é chamado a portaria do hospital, seu coração estava na mão, quando chegou ali estava Arlinda,linda de óculos escuros e jeito de vadia profissional , um leve sorriso e já foi disparando:
-Elmiro, tudo bom?
Elmiro muito sem graça responde tudo bem, naturalmente se cagando...
Então Arlinda, abre-se mais e diz:
-Vamos sair, quero muito conversar com você,topa?
Elmiro sorriso quase entendendo a situação e disse:claro sem problemas.
Saíram, conversaram muito mas nunca tocaram “naquele” assunto, acabaram saindo outras vezes e uma amizade acabou acontecendo e consecutivamente um namoro surgiu e embora Elmiro fosse tarado por mulheres em coma, ele descobriu um outro lado de uma mulher viva e que lhe cativava alma.
Se apaixonam e ficaram juntos, curiosamente um amor surgido de uma parafilia e das partes baixas sujas de Arlinda, sim podemos dizer que excremento mal cheiroso algo surgiu de belo. É claro que ainda hoje vez por outra Elmiro pede a Arlinda:
-Amor, por favor, te faz de morta para mim ?

Cuidado nunca adormeça assim.
Toda paz em ti.
Luis Fabiano.

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