Um degrau acima ou
Um degrau abaixo
Sempre passara por aquela paisagem dentro de seu habitual ônibus, todos os dias em um ritual metódico e condicionado, era o caminho para seu trabalho e depois de tantas vezes ali passado olhava com profunda indiferença o campo verde como um tapete em grama, mas como sabemos, um contato com a beleza de forma indiscriminada a torna ordinária e vulgar aos nossos sentidos, é o sentindo materializante que o contato humano faz a tudo que nos cerca, psicologicamente chamamos de condicionamento, mas a verdade é pela grosseria de nossos sentidos o embotamento das percepções que fazia ele olhar com profunda indiferença o espetáculo que se descortinava ante ao seu olhar, possivelmente se olhássemos todos os dias o sorriso de Monalisa ao final de um período ela seria uma pintura vulgar e sem nenhuma importância, mesmo com seus mistérios seria algo solapado pelo comum de nossa ordinária vivencia.
E assim foi por todos os dias que ele passava diante daquele campo em verdura exuberante, sua indiferença pelo comum, isto foi ate um dia, sim todas as historias sempre tem um dia, um dia que nós nos defrontamos com o inesperado, e ao aproximar do belo campo viu uma fumaça se evolando de lá, fumo se desprendiam de um campo agora incinerado, a grama verde convertera-se em negrume causticado, não mais verde, não mais paisagem exuberante, seu olhar esgarçado e atônito queria a campina de volta, queria com a alma a verdura novamente mas...mas ali fumaça, e pútridas exalações gasosas, dentro do ônibus veloz e indiferente ao ocorrido tudo passou, rápido.
E era exatamente assim, nossas mais caras impressões infelizmente precisam de contraponto para as valorizemos, do contrario tudo cai na zona da indiferença e este talvez seja o real mistério daqueles que entendem a vivencia mais profunda,o saber que é preciso “matar” aquilo que se vivencia quando se encerra o contato, ou seja, quando nos despedimos isso deve ter um caráter absoluto para que o reencontro seja algo verdadeiro, pois nunca existem certezas de nada, apenas fazemos uma idéia da possibilidade que é ou que talvez seja, ao sairmos de casa, existe a certeza absoluta que iremos voltar? Até gostaríamos que sim, mas não é verdade, talvez nunca mais nos vejamos, e isto não é importante, mas o que prevalece nisso é a entrega e intensidade a qual nos doamos um para com o outro, e por isso sim a existência talvez torne-se digna, não esperemos que nossos caros sentidos sejam violentados em nossa essência, saibamos fazer as interpretações e conseqüentemente libertar-nos do engodo que nos prega o apego equivocado onde a intensidade deve existir livre e suavemente, delicadamente e desta forma vivenciar.
É claro que para tanto faz-se necessário aprimoramento intuitivo e sobretudo de angulação subjetiva do entendimento, toda paisagem pode ser um gramado verde ou um ambiente causticado pela chamas da nossa profunda ignorância, interpretação , embora o trocadilho seja barato ,o entendimento é multidimensional “... o ponto de vista, é a vista de um ponto”,mas com toda certeza não e o único, mas geralmente ficamos encarcerados e perdidos em um mar de emoções e pensamentos, por vezes desordenados ,este claustro torna-se tão único e sem saída, puxa o quanto ignoramos tantas coisas que acontecem em nossa vida?Apego, medo condicionamento como um muro que nunca se quer destruir...? Mas algumas historias tem final feliz.
Depois daquele dia e não mais queria olhar aquele campo torrado,preferia agora os livros como forma de abster-se(como fazem as pessoas normalmente abstendo-se de si mesmas...),isto foi ate um novo dia destes qualquer, e de canto de olho ele olhou para a campina que renascia e entre a negrura de tórridas plantas mortas, sim vida ali que tornava a vir, é possível um renascer é possível tornar a ter-se vida abundante, é possível uma nova chance, a abundancia esta em nós assim com a miséria, deixe-se queimar de vida e liberto,desapegado flua com sensibilidade o presente que a existência lhe dá, sorva a vida com a alma.
Sempre passara por aquela paisagem dentro de seu habitual ônibus, todos os dias em um ritual metódico e condicionado, era o caminho para seu trabalho e depois de tantas vezes ali passado olhava com profunda indiferença o campo verde como um tapete em grama, mas como sabemos, um contato com a beleza de forma indiscriminada a torna ordinária e vulgar aos nossos sentidos, é o sentindo materializante que o contato humano faz a tudo que nos cerca, psicologicamente chamamos de condicionamento, mas a verdade é pela grosseria de nossos sentidos o embotamento das percepções que fazia ele olhar com profunda indiferença o espetáculo que se descortinava ante ao seu olhar, possivelmente se olhássemos todos os dias o sorriso de Monalisa ao final de um período ela seria uma pintura vulgar e sem nenhuma importância, mesmo com seus mistérios seria algo solapado pelo comum de nossa ordinária vivencia.
E assim foi por todos os dias que ele passava diante daquele campo em verdura exuberante, sua indiferença pelo comum, isto foi ate um dia, sim todas as historias sempre tem um dia, um dia que nós nos defrontamos com o inesperado, e ao aproximar do belo campo viu uma fumaça se evolando de lá, fumo se desprendiam de um campo agora incinerado, a grama verde convertera-se em negrume causticado, não mais verde, não mais paisagem exuberante, seu olhar esgarçado e atônito queria a campina de volta, queria com a alma a verdura novamente mas...mas ali fumaça, e pútridas exalações gasosas, dentro do ônibus veloz e indiferente ao ocorrido tudo passou, rápido.
E era exatamente assim, nossas mais caras impressões infelizmente precisam de contraponto para as valorizemos, do contrario tudo cai na zona da indiferença e este talvez seja o real mistério daqueles que entendem a vivencia mais profunda,o saber que é preciso “matar” aquilo que se vivencia quando se encerra o contato, ou seja, quando nos despedimos isso deve ter um caráter absoluto para que o reencontro seja algo verdadeiro, pois nunca existem certezas de nada, apenas fazemos uma idéia da possibilidade que é ou que talvez seja, ao sairmos de casa, existe a certeza absoluta que iremos voltar? Até gostaríamos que sim, mas não é verdade, talvez nunca mais nos vejamos, e isto não é importante, mas o que prevalece nisso é a entrega e intensidade a qual nos doamos um para com o outro, e por isso sim a existência talvez torne-se digna, não esperemos que nossos caros sentidos sejam violentados em nossa essência, saibamos fazer as interpretações e conseqüentemente libertar-nos do engodo que nos prega o apego equivocado onde a intensidade deve existir livre e suavemente, delicadamente e desta forma vivenciar.
É claro que para tanto faz-se necessário aprimoramento intuitivo e sobretudo de angulação subjetiva do entendimento, toda paisagem pode ser um gramado verde ou um ambiente causticado pela chamas da nossa profunda ignorância, interpretação , embora o trocadilho seja barato ,o entendimento é multidimensional “... o ponto de vista, é a vista de um ponto”,mas com toda certeza não e o único, mas geralmente ficamos encarcerados e perdidos em um mar de emoções e pensamentos, por vezes desordenados ,este claustro torna-se tão único e sem saída, puxa o quanto ignoramos tantas coisas que acontecem em nossa vida?Apego, medo condicionamento como um muro que nunca se quer destruir...? Mas algumas historias tem final feliz.
Depois daquele dia e não mais queria olhar aquele campo torrado,preferia agora os livros como forma de abster-se(como fazem as pessoas normalmente abstendo-se de si mesmas...),isto foi ate um novo dia destes qualquer, e de canto de olho ele olhou para a campina que renascia e entre a negrura de tórridas plantas mortas, sim vida ali que tornava a vir, é possível um renascer é possível tornar a ter-se vida abundante, é possível uma nova chance, a abundancia esta em nós assim com a miséria, deixe-se queimar de vida e liberto,desapegado flua com sensibilidade o presente que a existência lhe dá, sorva a vida com a alma.
Calma e delicadamente.
Com meu carinho.
Luis Fabiano.
Com meu carinho.
Luis Fabiano.
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