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sexta-feira, junho 06, 2008



Fragmentos do entendimento humano

Embora profundamente caótico em primeira instancia de apreciação, as seqüências no que toca a interpretação humana em relação a fatos ordinários da vida ou mesmo aos mais relevantes, seguem uma ordem bastante previsível e com raríssimas exceções saem deste contexto e neste aspecto a besta mais ignóbil ou o gênio mais realizado estão unidos pelo traço fundamental que é nossa humanidade e digo mais ,por vezes é ainda um pecado duplo, por obtusidade mental ou obliteração emocional, quando um funciona o outro com toda certeza falha, assim tudo que acontece em tua vida segue em ciclos nítidos que negam a si mesmos, as vezes enfadonho ciclos, as vezes evolutivos e doutras involutivos, mas que fazer pois, inteligência não esta a venda no mercado e a maioria das emoções absolutamente baratas.
No inicio é a surpresa, aqui cabe colocar que esta surpresa as vezes programada doutras apenas esperada leva a pessoa a um arroubo emocional, uma alegria extasiante quando agradável, e a uma tristeza as vezes desesperadora quando ruim, o porem da surpresa é ela é nada na verdade, é apenas um choque que nos tira momentaneamente do “comum” de nossas vidas e nos lança em um aspecto mental/emocional a qual a um misto de euforia e frustração e claro em uma profunda inabilidade de lidar este misto de emoções que chamamos em primeiro momento de tristeza ou felicidade(as pessoas não sabem ser felizes...), porem ele não é verdadeiro ele é apenas um vagalhão ermo que vem ao nosso encontro, nada mais, ele passa como tudo que é irreal passa,este instante não pode nem sequer considerado um pico em tua existência.
Passada a histeria do primeiro instante, agora a gradual queda no abismo que onde a o verdadeiro dimensionamento do fato em si, onde gradualmente vamos tirando todos os adereços,escolhos e supérfluos advindos de nossa imaginação e emoção instigadas e na gradualidade da queda vamos despindo fatos e acontecimentos e sobretudo a si mesmo e o que nos leva a um efeito contrario, um aspecto algo depressivo nos acomete, como um dar-se conta que a vida não é um vagalhão(cabe aqui comentar que geralmente aqui que surgem patologias de natureza psicológica ou psiquiátrica as vezes temporária, pois o nosso maior desejo é sempre permanecer no pico existencial,mas isso é de uma idiotices tão absurda, que por profunda frustração as pessoas desejam manter exatamente as coisas como “eram”, uma busca ao passado ai começa, e este é o pecado original,nada é uma estatua mórbida e estanque,mesmo agora sem que percebamos já morremos um pouco, imperceptível talvez mas verdadeiro, quando as informações sutis chegam a nossa percepção consciente é porque elas fizeram longa trajetória em nosso coração, silenciosamente, furtivamente somados a todos os aspectos que criamos e alimentamos no decorrer da vida), todo vagalhão passa felizmente e seu recuo nos trás um pouco de realidade, bem, e a realidade meus amigos e aqui lamento dizer isso, a realidade não é nada bela para noventa e nove por cento da humanidade, porque a realidade é filha de um estado de realidade interior, ou seja de entendimento profundo de si mesmo,( existem pessoas que mesmo em dia lindo de sol acham que o dia não esta bom, que esta frio demais, quente demais, vento demais, tudo demais ou de menos, porem sem saber que o tempo é só o tempo, inocente um nada, quando há claridade na alma sempre é tempo bom...e mesmo tempestades podem ser poesias, no entanto, existem entes humanos que mesmo introduzindo luz em suas partes baixas, de nada resolve...um dia primaveril é horrendo sempre...esses já estão mortos, apenas não descobriram ainda...)então quanto mais desconhecida nossa interioridade menores as chances de lograr serenidade e paz na existência, bem, porque você acha que os idosos a grande maioria deles pelo menos olha a vida com mais serenidade?Olha com olhos definhantes e de brilho baço? As dolorosas experiências os fizeram amadurecer alguns conceitos, o vagalhão não fascina mais.
A queda é assim, frustração, tristeza e por fim realidade, aqui ainda pode existir e geralmente existe algum escolho agora advindo de nossa frustração, uma excedente carga negativa, pois somos assim na felicidade imaginamos mais felicidade que é, e na tristeza carregamos mais profundamente do desterro profissional como se o mundo fosse uma tragédia sem fim, é claro que as vezes é mas nem por isso fiquemos tão abalados é comum e cotidiano.
Por fim a re- ascensão, passamos a vivenciar a realidade daquilo que simplesmente é, sem o encanto e fascínio da inexperiência e deslumbramento de uma irrealidade ilusória e por isso mesmo circunstancial, e também sem a abismal e derradeira tristeza que o contanto narcotizante com a realidade fatalmente conduz, neste estado as pessoas não são absolutamente felizes, mas tem o potencial para introduzirem uma realidade mais dignas para si, neste instante tudo pode ser absolutamente diferente, pode, mas raramente é,n a maioria dos casos vocês começam novamente o ciclo mais aprimorado é verdade, repleto de mais sutilezas e mais sofisticado mas é literalmente a mesma coisa, e aqui me calo este assunto se tornou enfadonho para mim, como um filme que vi e vejo todos os dias cotidianamente, deixando a frase de um grande amigo como uma inspiração ou alguma inutilidade qualquer...
“...nós todos não passamos de macacos de fraque, bem arrumadinhos mas absolutamente primitivos.”

Paz e luz em teu caminho.
Luis Fabiano.

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